Monteiro Lobato foi, verdadeiramente, um dos grandes homens da história desse país. Grande escritor, celebrado por gerações e gerações de crianças por seu espetacular trabalho “O Sítio do Pica-pau Amarelo”, Lobato foi também um empreendedor. Além disso, através de todas as suas produções e realizações queria por que queria fazer com que o Brasil pudesse crescer, desenvolver-se, ocupar um lugar de destaque no panteão mundial dos países.
Originário do interior de São Paulo, mais especificamente da cidade de Taubaté (onde há várias estátuas dos personagens do Sítio espalhadas pela cidade, além de um parque aberto permanentemente à visitação pública, o “Sítio do Pica-pau Amarelo”. No Sítio podemos encontrar a Emília, o Visconde, a Dona Benta, a Narizinho, o Pedrinho e toda a turma para nos contar as histórias divertidas que animam muitas crianças e para saber um pouco mais da história de seu criador, Monteiro Lobato), o escritor fez um pouco de tudo em sua vida.
Foi fazendeiro, investiu em editoras, fez campanhas pela nacionalização da exploração do petróleo em nosso país, queria abrir uma companhia siderúrgica e escreveu para as crianças e para os adultos também. Politizado e consciente como era, acabou perseguido durante a ditadura de Getúlio Vargas. Foi preso, mas não perdeu a compostura e não abriu mão de seus princípios.
Promoveu pesquisas acerca do folclore nacional a partir de artigos que havia escrito sobre o Saci-Pererê. Retratou os dilemas do trabalhador simples da zona rural ao caricaturá-lo como o Jeca Tatu. Abordou a questão racial no Brasil com seu livro “O presidente negro”. Falou sobre a decadência das cidades do café com “Cidades Mortas”. Lançou escritores de talento comprovado com sua editora (como Menotti Del Picchia).
Apesar de tudo isso, o que mais permanece na memória coletiva nacional é a sua forte ligação com as crianças. Proximidade e carinho conseguidos com o apoio da Narizinho, da Emília, do Visconde, do Pedrinho e dos demais personagens do Sítio. Em suas obras dedicadas as crianças, Lobato conseguiu verdadeiras façanhas como contar a história do mundo tornando-a divertida e atraente para os pequenos ou, ainda, falar de temas adultos e sérios de forma descontraída, como a questão do petróleo.
Visitar a obra de Monteiro Lobato deveria ser atividade básica programada por todas as escolas de nosso país. Conhecer o Sítio e seus personagens, desbravando as páginas escritas pelo taubateano Monteiro Lobato, é muito mais que um dever escolar, é um grande prazer e contribuição essencial para o nosso próprio sentimento de brasilidade.
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