O senhor é meu pastor e nada me faltará...


anjos - Recados Para Orkut


"Educar com amor".

"Educar com amor".

Um cantinho especial para uma boa e agradável conversa!!!

quinta-feira, 26 de maio de 2011

"Enquanto a cor da pele for mais importante que o brilho dos olhos, ainda haverá guerra." (Bob Marley)


Simplesmente Fantástico ,
Parabéns TAM!!!


Aconteceu na Tam, pessoal, é verídico !!!
Uma mulher branca, de aproximadamente 50 anos, chegou ao seu lugar
na classe econômica e viu que estava ao lado de um passageiro negro.
Visivelmente perturbada, chamou a comissária de bordo.
'Qual o problema, senhora?', pergunta a comissária..
'Não está vendo?' - respondeu a senhora - 'vocês me colocaram ao lado de um negro. Não posso ficar aqui. Você precisa me dar outra cadeira'
'Por favor, acalme-se' - disse a aeromoça - 'infelizmente, todos os lugares estão ocupados. Porém, vou ver se ainda temos algum disponível'.
A comissária se afasta e volta alguns minutos depois.
'Senhora, como eu disse, não há nenhum outro lugar livre na classe
econômica. Falei com o comandante e ele confirmou que não temos mais nenhum lugar na classe econômica. Temos apenas um lugar na primeira classe'. E antes que a mulher fizesse algum comentário, a comissária continua:
'Veja, é incomum que a nossa companhia permita à um passageiro da classe econômica se assentar na primeira classe. Porém, tendo em vista as circunstâncias, o comandante pensa que seria escandaloso obrigar um passageiro a viajar ao lado de uma pessoa desagradável'.
E, dirigindo-se ao senhor negro, a comissária prosseguiu:
'Portanto senhor, caso queira, por favor, pegue a sua bagagem de mão, pois reservamos para o senhor um lugar na primeira classe...'
E todos os passageiros próximos, que, estupefatos assistiam à cena, começaram a aplaudir, alguns de pé.

'O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons...'

EU APLAUDO DE PÉ.

Fonte:http://novoconcerto.blogspot.com

terça-feira, 24 de maio de 2011

Campanha quer 10% do PIB na educação// (Amanda Gurgel). Faça parte desse protesto.


A campanha lançada pela professora potiguar Amanda Gurgel, no programa Domingão do Faustão do último domingo, que pede o investimento de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil na educação, é uma bandeira histórica dos educadores brasileiros, defendida há anos pelas entidades da área de todo o país. Poucas horas depois de ser lançada no programa, a expressão "dez por cento do pib já" figurou no topo da lista dos assuntos mais comentados na rede mocroblogs twitter. Em pleno processo de discussão do Plano Nacional de Educação (PNE), a campanha vem em boa hora para dar visibilidade aos anseios dos trabalhadores em educação e dos vários segmentos que defendem uma educação pública de qualidade.

O texto do projeto de lei nº 8.035, que trata das metas do Plano Nacional de Educação, que irá vigorar de 2011 a 2020, traz a proposta de "ampliar progressivamente o investimento público em educação até atingir, no mínimo, o patamar de 7% do produto interno bruto do país". No entanto, o percentual pleiteado pelos vários segmentos da educação é de 10% imediatamente, vislumbrando chegar a 15% do PIB. Dentre as metas previstas no projeto de lei, estão alfabetizar todas as crianças até, no máximo, os oito anos de idade; oferecer educação em tempo integral em 50% das escolas públicas de educação básica; assegurar, no prazo de dois anos, a existência de planos de carreira para os profissionais do magistério em todos os sistemas de ensino.

De acordo com o deputado estadual Fernando Mineiro (PT), atualmente o investimento em educação no Brasil gira em torno de 4% a 5% do PIB nacional. Para ele, além do investimento de 10% do PIB na educação, é preciso que se atente para outras discussões. "Tem que ser discutido também como será a repartição desse percentual entre a educação básica e superior. Além disso, é muito importante que exista um monitoramento da aplicação destes recursos", disse.

Para o sindicalista e dirigente do Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU), Dário Barbosa, esse é o momento apropriado para se resgatar essa bandeira do movimento dos trabalhadores em educação do país. "Essa reivindicação é antiga, mas é importante aproveitar esse momento de visibilidade para dar voz à manifestação popular", disse.

Segue os endereços para participarmos do abaixo assinado “10% do PIB já”

http://www.peticaopublica.com.br/PeticaoVer.aspx?pi=dpcdpj

http://www.facebook.com/l.php?u=http%3A%2F%2


Fonte:www.diariodenatal.com.br

“Morre o ex-deputado Abdias Nascimento, precursor do movimento negro”.


Abdias Nascimento, autor do primeiro projeto de lei sobre políticas públicas de igualdade racial.

Morreu hoje o ex-deputado e ex-senador Abdias Nascimento, precursor do movimento negro no Brasil. Aos 97 anos, ele estava internado havia dois meses no Hospital dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro, devido a complicações decorrentes de diabetes.
Na Câmara, Abdias Nascimento foi autor do primeiro projeto de lei propondo políticas públicas de igualdade racial, que chamou de ação compensatória (PL 1332/83). A proposta recebeu parecer favorável nas comissões, mas, por resolução da Câmara, todas as proposições de deputados que tramitavam até 4 de outubro de 1988, véspera da promulgação da atual Constituição, foram arquivados. Entre eles, o PL 1332/83.
Em julho do ano passado, após a sanção do Estatuto da Igualdade Racial (Lei 12.288/10), Abdias escreveu carta aberta ao presidente Lula com reparos à nova norma. “Não me cabe apoiar ou aplaudir a legislação do País. Cabe-me, sim, apoiar e aplaudir as forças políticas que se dedicam a combater o racismo. Isto farei sempre”, afirmou.
Professor benemérito da State University of New York, recebeu título de doutor honoris causa pela Universidade de Brasília (UnB) e pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), em função da militância no combate à discriminação racial. Recebeu diversas premiações, como o Prêmio Unesco em 2001, na categoria Direitos Humanos e Cultura de Paz.
Teatro e jornal
Professor e artista plástico, Abdias Nascimento nasceu em Franca (SP). Nos anos 40, fundou o Teatro Experimental do Negro e o jornal Quilombo, no Rio de Janeiro. Durante o regime militar, exilou-se nos Estados Unidos. No retorno ao Brasil, exerceu mandato de deputado federal entre 1983 e 1987 e de senador de 1997 a 1999, além de ter criado e ocupado nos anos 90 a Secretaria Extraordinária de Defesa e Promoção das Populações Afro-Brasileiras, no governo fluminense.
Neste ano, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro criou o Prêmio Abdias Nascimento, que está com inscrições abertas até 19 de agosto. Poderão concorrer trabalhos jornalísticos com os temas saúde da população negra, intolerância religiosa, juventude negra, ações afirmativas, empreendedorismo, desigualdades, direitos humanos, relações raciais, políticas públicas, comunidades tradicionais e discriminação racial.

Créditos:Ricardo Stuckert/PR

segunda-feira, 23 de maio de 2011

A bola da vez: desabafos de uma professora…


A economia mundial está beirando o colapso, as massas estão revolucionando o mundo árabe, a elite do agronegócio já comprou a sua bancada para o novo período legislativo, a inflação começa a dar mordidas consideráveis no salário d@ trabalhador(a) brasileir@ e o combustível está custando os olhos da cara. Obviamente, todos esses temas tem espaço garantido na mídia, mas, mesmo assim, não chegam a desbancar aquele sobre o qual não há um dia sequer em que não assistamos a pelo menos uma matéria; o assunto que já rendeu inúmeros debates desde o período monárquico; o assunto que atingiu o apogeu do próprio caos, ascendendo assim ao posto de “bola da vez”: a educação brasileira.

Nas terras de Poti, somos a bola da bola da vez. Na esfera administrativa municipal, ganhamos visibilidade nacional em reportagem exibida no Fantástico do dia 08/05, e em tempos de governo Micarla de Sousa, o caráter da reportagem não poderia ser outro: denúncia. Lógico. A denúncia tratava do tema específico da merenda escolar – embora muitas outras de igual ou maior gravidade pudessem ser feitas. Já na esfera estadual, estamos assistindo a uma greve histórica, tanto pela adesão de 95% das escolas, quanto pela reação de indiferença e excessivo autoritarismo por parte da governadora, Rosalba Ciarlini, que após 19 dias de paralisação, ainda não apresentou uma proposta, por mais rebaixada que fosse, que servisse pelo menos para justificar o discurso do Governo apresentado pela secretária, Betânia Ramalho, de que a categoria está inflexível e não quer negociar, demonstrando, sem o menor constrangimento, o desprezo que essa gestão tem pel@s profissionais, e pel@s alun@s que constroem as escolas do RN.

O impasse causado pela ausência de propostas que pudessem apontar para uma negociação, aliado ao próprio fracasso da escola e à sofrível formação das ultimas gerações de alunos da Rede Pública, assim como o discurso propalado pela mídia de que a greve d@s trabalhadores(as) prejudica “ainda mais” @s alun@s, termina por levar uma parcela da população a acreditar que a responsabilidade pelo caos em que a educação se encontra é desses(as) profissionais, sobretudo porque @s alun@s tem concluído o ensino básico cada vez menos proficientes. Vindo de trabalhadores(as) vítimas desse próprio sistema em que estão inserid@s, para quem as oportunidades foram histórica e rigorosamente negadas, tal concepção é compreensível, no entanto, é valido trazer reflexões que, embora não cheguem a ser novidade para muit@s, para alguns talvez sejam e, para outr@s, talvez já tenham sido banalizadas,ou rebaixadas à condição de “arquivo morto” de suas mentes, esmagadas pela voracidade das rotinas superlotadas. Então…

Ainda que a nossa dívida pública esteja em momento de crise de domicílio, já que é interna, porém com efeito de vulnerabilidade externa, de onde vem os seus maiores investidores, segundo análise da Organização Auditoria Cidadã, o fato é que, no frigir dos ovos, o Brasil continua seguindo as orientações dos Organismos Internacionais para as políticas educacionais dos países em desenvolvimento, que prevêem investimento cada vez mais reduzido em “prestação de serviços” relacionados a educação, por parte do Estado. Ato contínuo, nos nossos dias, pode-se verificar, por exemplo, a proliferação de instituições privadas de Ensino Superior, bem como uma avassaladora oferta de cursos na modalidade à distância, também pagos. A observação desse fenômeno causa, no mínimo, uma “surpresa” em grande parte da população, já que a maioria não tem o hábito de refletir sobre tais questões, nem está diretamente envolvida com elas. Um olhar mais atento, no entanto, gera imediatamente a impressão de que está em curso um processo de privatização da Educação Superior, assim como ocorreu com a Educação Básica. Essa impressão se confirma com os dados divulgados pelo INEP, a partir dos quais se comprova a enorme discrepância entre o aumento no número de vagas oferecidas em instituições públicas, e o oferecido nas privadas.

Tal modelo de política educacional assegura a manutenção dos interesses do capital, em primeiro lugar, pela produção do superávit destinado ao pagamento de juros e amortização da dívida, por meio da realização de parcos investimentos em serviços essenciais, inclusive educação (menos de 3% do PIB, quando havia uma previsão de 5% no Governo Lula); e em segundo lugar, pelo sucateamento da educação pública como um todo. Garantindo que a formação da classe trabalhadora não a direcione para altos níveis de cultura, mas apenas para a aquisição de um ofício. O segundo tiro certeiro do capital atinge diretamente a organização da classe trabalhadora, no momento em que a fragmenta, conseguindo jogar pais e alunos contra professores e vice-versa.

Tratando do caso específico da Educação Básica, Em artigo publicado pela Editora Sundermann, no volume intitulado A proletarização do professor, a pesquisadora da UNESP, Áurea Costa, é absolutamente feliz na análise que faz da atual conjuntura brasileira, quando afirma que uma das consequências mais perversas desse sistema é a frustração de expectativas no ambiente escolar. Frustram-se @s alun@s, que vão à escola esperando aprender e se deparam com professores(as) que lutam diariamente para vencer os empecilhos – que vão desde a formação, cada vez mais precária e aligeirada, até a falta de condições para aperfeiçoamento e estudo, além dos problemas estruturais das escolas – para a realização do seu trabalho; frustram-se @s própri@s professores(as) frente a impossibilidade de desempenhar da melhor forma o seu papel. Diante desse quadro, de acordo com a pesquisadora, “dá-se uma relação professores/alunos distorcida, em que os segundos passam a imputar aos professores o tratamento que deveriam dar aos reais representantes da violência do Estado burguês, que os tem oprimido durante toda a sua trajetória escolar. E os professores passam a ver os alunos como aqueles que materializam a falta de respeito e o desprestígio da categoria profissional na sociedade, nas manifestações de falta de respeito, e, até mesmo, a violência.”

Nesse contexto, temos assistido a verdadeiras tragédias protagonizadas por jovens e adolescentes, tendo como palco escolas em todo o Brasil. Notícias como brigas entre gangues formadas nas próprias escolas, perseguições de grupos a alun@s indefes@s, além de agressões verbais e físicas a professores(as), tornaram-se praticamente diárias. No entanto, há um consenso de que o massacre da Escola Tasso da Silveira, no Rio de Janeiro, foi a mais dramática de todas as notícias em que a escola figurasse nitidamente como o símbolo da opressão sofrida, durante toda uma trajetória escolar, por aquele rapaz que a mídia se apressou em expor e rotular como o único responsável pela tragédia, antes de qualquer menção feita aos seus transtornos psíquicos, e a responsabilidade do Estado de garantir a ele e a tod@s @s alun@s especiais, um tratamento digno e adequado. Ao contrário disso, esses(as) alun@s, independentemente do seu diagnóstico – quando possuem um, já que a maioria não tem acesso a atendimento e acompanhamento médico – são, literalmente, jogados, sem que sejam observadas as questões legais referentes ao número de alunos nas salas que os comportam, bem como a necessidade de um(a) professor(a) auxiliar nas mesmas. Também @s professores(as) são igualmente jogados nessas salas, tão superlotadas quanto as outras, sem que tenham qualquer formação que @s habilite a essa atividade, muitas vezes não chegando nem mesmo a perceber características e comportamentos preocupantes em alunos introspectivos, uma vez que os mais ativos terminam por “sugar” boa parte do tempo e da energia que esses(as) profissionais despendem nas suas aulas. Por isso, não seria exagero afirmar que, nesse momento, inspirado inclusive no caso da Escola de Realengo, talvez haja outros Wellingtons Menezes, tão excluídos, desesperados e perdidos nos seus devaneios, quanto o próprio, planejando algo parecido com o que aconteceu no Rio de Janeiro. Também não haveria leviandade em dizer que seria o Estado o responsável pela tragédia, uma vez que, além de não dar a atenção devida aos transtornos psíquicos e não comportar a demanda da rede básica de saúde, transformou a Escola – um espaço que deveria servir para o trabalho de inserção desses sujeitos, tornando-os aptos ao convívio social pleno – num espaço perigoso e insalubre, freqüentado pela maioria, seja alun@ ou professor(a), unicamente em razão da necessidade ou da obrigação, e não mais pela convicção da possibilidade de mudar o mundo por meio da educação, ou pelo amor à profissão ou ao conhecimento.

Apesar desses e muitos outros elementos, lamentavelmente, o fato de já podermos contar quantas pedrinhas existem no fundo do poço da educação brasileira tem sido utilizado pel@s políticos como sua “bola da vez”. Não há um corrupto sequer desses que ocupam os cargos do executivo e do legislativo do nosso país que não defenda nos seus discursos a educação como prioridade, embora na prática, isso não se confirme.

No âmbito Federal, está em debate o PNE 2011-2020. Trata-se de um documento em que constam as metas referentes à educação que o governo pretende atingir nos próximos 10 anos. Para a sua versão preliminar, o melhor adjetivo que encontrei foi “acintoso”. Tal qual em discursos superficiais de campanha, o documento traz repetidamente a palavra “qualidade” vinculada a educação de modo geral, e “valorização” ligada a professor(a). Para um documento desse porte, as duas palavras estão desavergonhadamente esvaziadas de sentido, uma vez que, na meta principal, a que trata dos investimentos, verificamos a impossibilidade de alteração do quadro atual. A proposta do Governo é que iniciemos a saga com o investimento atual e avancemos rumo a 7% do PIB ao final dos 10 anos… 10 anos! Isso para quem se locupleta em cargos comissionados e propõe um projeto desses é um pulo. Para quem tem uma jornada de trabalho extenuante e recebe em troca dela um salário insuficiente para o custeio das despesas básicas de uma família é uma penosa eternidade. Mas o mais grave é que o documento não diz de onde sairá esse dinheiro. E esse é o questionamento que tem sido feito nos debates que tenho presenciado. Fala-se em pré-sal. Pré-sal… parece que estão investindo pesado no desenvolvimento de uma tecnologia capaz de explorá-lo. Em 10 anos, quem sabe… Não se fala em suspensão do pagamento ou auditoria da dívida. Parece que isso é coisa anacrônica… também não se menciona o corte de R$ 50 bilhões, realizado ainda no alvorecer do governo Dilma, dos quais, 3 bilhões foram da educação. Então, difícil compreender como avançaremos ao longo de 10 anos se os passos iniciais são de retrocesso. No final das contas, O que estamos perto de descobrir, é o que existe após o fundo do poço. Se pelo menos encontrássemos por lá um novo pré-sal, teria valido a viagem! Mas como um raio não cai duas vezes no mesmo lugar, o que encontraremos, certamente, será apenas lama…

Para mascarar o real tratamento dispensado à educação, o Governo Federal tem investido em campanhas publicitárias apelativas e bem elaboradas que tem dois objetivos claros: 1°, passar a imagem de que valoriza @ professor(a); 2°, tentar recrutar nov@s corajos@s abnegad@s para o exercício da profissão, já que o fenômeno que está ocorrendo é o de “batida em retirada” rumo à primeira luz no fim do túnel que se apresente a esses(as) profissionais, cuja atividade, antes classificada como intelectual, atingiu o ápice da sua proletarização, sendo sumariamente reduzida ao controle dos filhos da classe trabalhadora dentro de um espaço absolutamente desfavorável à construção do conhecimento.

Por isso, estamos “no limite” e não podemos mais ouvir falar em “educação de qualidade” ou “respeito e valorização d@ professor(a)” sem que o clichê dessas expressões seja substituído pela implementação de um projeto que, de fato, valorize @ profissional e reestruture as escolas. Não venham falar em educação de qualidade se não houver disposição para o investimento real e imediato de 10% do PIB nessa pasta, e se não se dignarem a nos remunerar, pelo menos, com o salário mínimo calculado pelo DIEESE. Não venham nos falar em educação de qualidade se não forem capazes de romper com o capital e transferir o investimento feito nele para os serviços essenciais prestados à população, ou se não forem capazes de, no mínimo, realizar a auditoria da dívida pública. Também não agüentamos mais a confusão feita entre “valorização” e “lavagem cerebral”. Não adianta tentar nos convencer de que somos importantes se não temos condições de ter uma vida digna, e principalmente se a nossa atividade nos agride a ponto de nos despojar da nossa própria condição humana, interditando o nosso potencial criativo e nos expondo a uma rotina repetitiva extenuante, que nos transforma em máquinas.

Por fim, não queiram entender de educação mais do que nós, pois é muito fácil ocupar qualquer lugar na sociedade – qualquer lugar mesmo – e formular teorias e conjecturas sobre a Educação Básica no Brasil. Difícil é se movimentar diariamente entre bairros consideravelmente distantes num transporte precário, morando numa cidade de clima tropical, para estar diante de uma média de 40 ou 45 pessoas, cuja temperatura dos corpos gira em torno de 37°C, agitadas pela produção acelerada de hormônios próprios da puberdade ou da adolescência, dentro de uma sala de aula com dimensões insuficientes para comportá-l@s e com ventiladores (quando funcionam) altamente ruidosos. Tentar administrar as adversidades dessa situação inicial, mediar os conflitos interpessoais, perceber no estilo de cada um a grande variedade de interesses (ou desinteresses) existentes naquele minúsculo espaço, chegando à conclusão de que qualquer coisa de que você fale, necessariamente, vai desagradar à maioria. Finalmente, tentar fazer o levantamento do conhecimento prévio desses sujeitos e, a partir dele, construir o “conhecimento cientifico”, como propõem as teorias pedagógicas avançadas, empunhando, para essa missão, apenas um giz, e tendo na sua retaguarda apenas o bom e velho quadro negro. Ouvir o toque estridente e saber que esse mesmo desafio vai ser repetir cinco vezes em uma única manhã. Ouvir o ultimo toque e saber que em vez de ir para casa ou mesmo ficar na escola refletindo sobre a sua própria prática docente, planejando com colegas, debatendo sobre casos especiais, estudando e preparando aulas que possam, realmente, contemplar a heterogeneidade das turmas, você vai pegar mais um transporte precário para se movimentar entre bairros distantes, aproveitar a viagem para corrigir algum trabalho avaliativo, chegar praticamente no início do próximo turno, engolir qualquer coisa, e… toque estridente, 37°C multiplicados por 40, 40 multiplicado por 5, salas apertadas, ventiladores problemáticos, com o agravante do sol forte. Para alguns, dois turnos são o limite. Para a maioria, a jornada continua. Seja em escola, ou em outra atividade, ao final ou entre um turno e outro. Tudo isso para multiplicar o escandaloso salário base de R$ 930,00 pago pelo Estado, e ainda ser chamado de vagabund@ ou irresponsável quando recorre, como ultima instância, a um movimento grevista, reivindicando melhores condições de vida e de trabalho, ainda que elevado imediatamente ao posto de redentor da nação, formador dos jovens promissores do futuro, desde que cumpra com os seus horários, mesmo que para isso tenha que dar aula muitas vezes mal alimentado, ou doente, para não frustrar as expectativas d@s alun@s que, obviamente, esperam ter aula quando estão na escola e para não sobrecarregar @s demais colegas cujo trabalho fica inviabilizado no caso de haver, pelo menos, uma turma com tempo ocioso agitando os corredores da escola.

Fora isso, qualquer consideração feita, sobretudo por parte dos gestores e legisladores, não passa de uma forma acintosa de se aproveitarem da nossa condição de desvantagem em relação a eles, para nos defender dos constantes ataques de que somos vítimas. Assim como qualquer argumento utilizado para justificar a atual situação em que vivemos não passa de retórica, sobretudo quando se referem à Lei de Responsabilidade Fiscal para justificar a “impossibilidade” de atender à pauta salarial da categoria, pois quando se trata de aumentar os próprios salários não há restrição legal capaz de impedi-l@s. Enfim… se somos a bola da vez, é hora de sermos tratad@s como tal para além do discurso.


Créditos:Amanda Gurgel Freitas é Professora da Rede Municipal de Natal e da Rede Estadual do RN, seu pronunciamento na audiência pública da Assembléia Legislativa postado no youtube teve grande impacto em menos de 3 dias foi visto por mais de 80 mil pessoas, e seu nome foi parar nos TTs.

sábado, 21 de maio de 2011

Como evitar filhos problema. Será???


Especialistas ensinam a dar limites aos jovens e evitar que esse problema dure muito tempo

O tormento de ver um filho trilhando o caminho errado sem poder fazer nada enche qualquer mãe de angústia. ''Quando conversar com o filho não adianta mais, é preciso colocar limites claros'', diz Içami Tiba, psicoterapeuta com 27 livros publicados. Nessa hora, é importante manter o equilíbrio. ''Os pais devem se unir para controlar o filho, e é preciso ter uma conversa definitiva com o adolescente'', afirma a pedagoga Tania Zagury.

A maioria dos adolescentes tem momentos de rebeldia, para chamar a atenção. Alguns chegam ao cúmulo de agredir os pais! O importante é ter a consciência de que, às vezes, os pais não conseguirão poupá-los de sofrimentos futuros. ''Existe algo que chamo de onipotência juvenil. O adolescente tem mania de ser Deus, acha que pode tudo, está acima do bem e do mal'', diz Içami Tiba.

Ela era tão boazinha...

Quando uma criança ou adolescente muda de comportamento de boazinha e calma para agressiva, a primeira providência dos pais é tentar entender o que está acontecendo. ''Depois de muita conversa, é preciso procurar um psiquiatra, porque essa mudança pode ter desencadeado algum tipo de transtorno. Se não tiver nada, peça a ajuda da família para mostrar que ela tem de mudar. Depois, estabeleça limites para evitar um desastre ainda maior na vida dessa jovem'', afirma Tania.

Evite sentir culpa

Toda mãe sente culpa - às vezes por ficar quieta, outras por falar demais ou por brigar. Não deixe a culpa paralisar você. Tenha consciência de que está fazendo o melhor, sem sufocá-lo nem liberá-lo demais. A medida certa, só você terá. Se julgar que errou, peça desculpas. Esse também é um passo para que seu filho veja você como um ser humano, e não como ''deusa'', culpada pelos erros dele e pronta pra consertar tudo. Isso só vai aproximar vocês.


11 Lições para evitar que seu filho saia do controle.

1. Alie-se ao seu marido

Mantenha do seu lado seu marido ou a figura masculina presente na vida do adolescente. ''Não adianta a mãe se descabelar e o pai colocar panos quentes em tudo. Isso só fortalece a rebeldia da menina'', diz Tania Zagury.

2. Escolha a hora certa

Não adianta esperar seu filho voltar de uma noitada, cansado e com sono, para propor uma conversa. Escolha o momento certo para ter esse diálogo. Pode ser na hora do café da manhã, quando os ânimos estiverem tranquilos.

3. Tenha equilíbrio

Nada de bater porta ou gritar. Após escolher o momento ideal para a conversa, fale o que sente. Mesmo que o jovem diga que não quer conversar, você deve dizer que ele vai ter de ouvir você. É preciso que o pai esteja junto.

4. Imponha autoridade

Depois de tentar a conversa definitiva e perceber que não adiantou, seja mais dura. Se ele quer sair sem a sua permissão, precisará ter dinheiro. Então, corte a mesada, por exemplo. Se ele não quer estudar, tire o computador. A internet é um meio de diversão, mas precisa ser de estudo também. Não tenha medo de impor limites e provocar perdas na vida dele.

5. Coloque-se no lugar dele

Explique que existem muitas mudanças ocorrendo na vida dele, mas que na sua não é diferente. Você tinha uma criança em casa e, agora, está aprendendo a lidar com um adolescente.

6. Dê um prazo pra mudança

Depois de conversar com seu filho, diga que a partir daquela data ele terá de mudar (estudar e ser mais calmo, por exemplo).

7. Não poupe seu filho

Nada de assumir os erros que ele comete. ''Se ele está muito magro, adianta você se alimentar por ele? Então, o filho precisa assumir as próprias responsabilidades. Não adianta estudar para ele, nem superprotegê-lo'', afirma Tiba.

8. Não permita humilhações

Nunca xingue seu filho, ainda mais na frente de estranhos. É fundamental direcionar as broncas para as atitudes dele, e nunca para ele diretamente (para não prejudicar a autoestima do jovem). Em vez de falar ''você não presta pra nada, está fazendo da minha vida um inferno!'', diga ''eu te amo mas não vou tolerar essas atitudes, porque elas são reprováveis''.

9. Seja coerente

De que vale proibir a filha de passar a noite fora com o namorado se, quando você está de bom humor e numa boa, libera tudo? O mesmo vale se você achar que seu filho não deve sair com certos amigos.

10. Não negue que existe um problema

Sua filha namora um cara esquisito; seu filho tem bebido demais nas festas, não tem hora para chegar em casa e vai mal na escola. ''São coisas da idade'', você pensa. Não, não são! É preciso ficar de olho na vida dele desde cedo. Mantenha contato com a escola para saber se ele está acompanhando as aulas. E não vacile em proibir o consumo de bebidas alcoólicas e horas seguidas na internet. Caso ele não respeite as regras, comece as punições.

11. Ética sempre!

Ele precisa saber que na sua família as pessoas têm ética. Portanto, caso ele cometa um erro, você não deve encobrir. Por exemplo: ele descobriu as questões da prova de matemática antes e tirou 10. Vá à escola e conte o que aconteceu, para ele ter de refazer a prova. Ele não pode levar vantagem em tudo. Os fins não justificam os meios.

Por Roberta Cerasoli

Fonte: Mdemulher

Repensando a educação dos filhos.


Os filhos devem aprender a disciplina pelas consequências de seus atos.

Na educação dos filhos, os pais muitas vezes tentam poupá-los do medo, da raiva, da tristeza e da vergonha. Não querem que os filhos sintam dor, nem sofram. Outras vezes, expõem os filhos prematuramente a emoções negativas. É difícil alcançar o equilíbrio.
Querer controlar demais os filhos é uma tarefa fadada ao fracasso. Por exemplo, acabei de falar com um jovem de 18 anos. Ele é muito resistente para se relacionar. Faz uso freqüente da agressividade passiva, ou seja gosta de fazer os outros sofrerem sem demonstrar o que sente. No fundo, ele tem uma profunda raiva pela maneira como foi criado, apesar de a mãe ter feito o que pôde e o que não pôde para que fosse bem tratado pela tia que tomava conta dele. Após muito esforço para deixar a raiva aflorar, hoje ele disse: “Eu fiquei com muita raiva de minha mãe.” Perguntei: “O que aconteceu?” Ele relatou que, quando tinha cinco anos de idade, foi com a mãe a um parquinho. Lá havia uma barraca onde se podia pescar peixinhos de plástico e ganhar prêmios. Ele queria pescar, queria acertar o anzol na argola do peixinho. Estava difícil para sua coordenação motora. A mãe ficou muito ansiosa e tomou a vara dele. Acabou o tempo e ela também não pegou nada. Ele nunca mais a perdoou pela intromissão. Muitas vezes é isso que acontece quando os pais correm na frente dos filhos e não os deixam experimentar os momentos da vida. São nesses momentos de acertos e erros que eles constroem sua bagagem, seu repertório, sua experiência de vida. Tal experiência irá capacitá-los a assumir as tarefas mais complicadas da vida adulta. Impedi-los de tentar é uma técnica garantida para incapacitá-los para as responsabilidades da maturidade. Há pais que começam muito mais cedo a impedir que os filhos sintam as conseqüências do próprio comportamento. Podemos observar uma criança provocando a mãe ao jogar a chupeta no chão. Ela joga, a mãe pega; joga de novo e a mãe pega novamente. O jogo segue por várias vezes; é o mesmo ritual se repetindo. O pior é que às vezes a mãe pega sorrindo e feliz da vida. Depois, a criança joga a colher e a mãe pega. Mais tarde, ela joga a roupa no chão porque não quer vestir e a mãe pega. A mãe sempre pega. Um dia a mãe está irritada, ou nervosa, ou cansada, ou tudo isso junto e em vez de pegar dá uns tapas. O problema não foi resolvido; foi apenas interrompido. Chega uma hora que a criança pega algo na escola e a mãe não a faz devolver. “É só uma borracha!” Aí aparece um brinquedo em casa. A mãe vai e devolve para poupar a criança da vergonha de devolver. A adolescência chega, o filho pega a chave do carro e sai, tarde da noite, enquanto os pais estão dormindo. Bate o carro, chama os pais e lá vão eles para livrar a pele do filhinho. Fica reprovado na escola, os pais dão um jeito e passa, ou arrumam uma escola que não reprove. Engravida a namorada, e os pais providenciam o aborto. Engravida outra que não faz o aborto, e os pais têm que sustentar o neto. Quando a criança vai crescer? Crescer é amadurecer e amadurecer é aprender. Aprender é direcionar o comportamento, assumindo as conseqüências. É mudar o comportamento, incorporar novas respostas, exercer o controle sobre a própria ação, praticar a disciplina. Hoje, diz-se que é exercitar a auto-regulação dos próprios atos. É prestar atenção nos efeitos do que faz e arcar com ônus causado. Respostas e reforço

Parece que a psicologia pode colaborar conosco apresentando alguns conceitos irrefutáveis sobre o processo de aprender. Podemos partir de dois pontos de vista para chegar ao mesmo resultado. Um deles é a lei do efeito. Segundo essa lei, o resultado satisfatório nos leva a adquirir uma resposta, a incorporar um comportamento. Se o efeito for positivo, a nosso favor, tentamos de novo a mesma resposta para ter o mesmo resultado desejado. Partimos de respostas simples para respostas complexas. É claro que, quanto mais complexa for a ação, mais difícil será a sua interpretação. Outro enfoque parecido é o conceito de reforço. Isso significa que, se houver recompensa para uma resposta dada pelo indivíduo, haverá a tendência de repetir a mesma resposta. É assim que aprendemos boa parte de nossos comportamentos. A repetição da resposta tem a ver com o reforço, a recompensa, o prêmio. Desde os primeiros momentos de vida, a criança experimenta esse processo. Se os pais ficam contentes com o recém-nascido, as coisas fluem mais fácil. Se a mãe está feliz quando o bebê olha para ela, ela sorri para ele. Quanto mais ela sorri, mais ele vai olhar. Se a mãe não sorrisse, nem fizesse qualquer outra mímica de aprovação, ele não olharia mais para a mãe. Muitos de nossos comportamentos são condicionados.
Há outros elementos que entram no processo de aprender, de elaborar a experiência e de construir o repertório de recursos pessoais. São fatores como o ambiente, a biologia, as circunstâncias, o contexto e a própria escolha do indivíduo. O poder de escolha individual é importantíssimo porque pode redirecionar qualquer expectativa de efeito ou de reforço.
Tendo em vista o efeito, o reforço, o contexto e a escolha, é de suma importância deixar a criança aprender pelas conseqüências das opções que faz. Ela precisa saber que o controle deve vir de dentro dela e não de fora. Ela é a responsável pelo seu comportamento. Essa é uma experiência que causa dor e traz sofrimento, mas é inevitável. Crescer é sofrer

Aqui é onde os pais amolecem e se perdem, pensando que podem impedir os filhos de sofrer. Eles se esquecem de que crescer é sofrer, pois não há mudança sem dor. A criança está se transformando a cada dia, deparando-se com novas exigências típicas da idade, as quais precisa cumprir para evoluir. As exigências são tarefas variáveis conforme a idade. Se a criança executá-las, amadurece. Se os pais fizerem tudo por ela, estão incapacitando-a para obrigações típicas da vida.
Pensemos num comportamento simples: tomar banho e deixar a toalha molhada jogada no chão. A mãe resmunga, xinga, mas pega a toalha. A conseqüência imediata é a raiva contida da mãe, uma, duas, dez vezes, sem nada acontecer. A conseqüência futura será raiva do cônjuge.
Seria bom a criança aprender com as conseqüências. Deixe a toalha no chão. No próximo banho, ela pega a toalha. Pode durar uma semana, quinze dias, mas a criança aprende. Assim que os filhos percebem a determinação dos pais de deixá-los arcar com as conseqüências, eles mudam de idéia rapidinho. Deixar a criança sofrer as conseqüências do comportamento não é punição. Pela punição, a criança se torna reativa e não ativa. Ela cresce e passa a reagir diante do mundo com medo, inibição, insegurança, raiva reprimida, inadequação social e falta de intimidade, resultando em uma série de problemas de relacionamento. Seu referencial será o exterior e não o seu próprio interior.
Ela vai passar a vida buscando fora de si a explicação para o que lhe acontece. Quando os pais deixam o filho arcar com as conseqüências, estão expressando aceitação, não rejeição. Estão aceitando que o filho arque com os efeitos da escolha que fez. Se ele quer a toalha seca, que a pendure. Se a tolha molhada não o incomoda, por que o pai ou a mãe vai se desesperar? É preciso paciência, firmeza e determinação.
Quanto mais cedo o filho compreender que a vida consiste de custos e benefícios, perdas e ganhos inerentes em cada ação, melhor. Na aplicação das conseqüências, os pais mostram as opções. Quando se dá uma opção, é necessário aguentar as conseqüências da escolha feita. O filho aprende a se ver como agente, ator, autor, iniciador de uma ação, quando arca com as conseqüências de suas escolhas, de seus atos e de suas relações. Ele descobre que pode se controlar quando paga pelo que faz.
É deixando os filhos assumirem as conseqüências de suas escolhas que os pais permitem que eles se independam. Só assim eles aprenderão a seqüência dos eventos, a hierarquia dos privilégios, a ordem das coisas e as preferências pessoais. Só assim poderão mudar e incorporar novas idéias que tornarão a caminhada existencial mais suave. Os filhos merecem a oportunidade de escolher e pagar o preço pela escolha feita.
Faz bem recordar que, assim como os músculos se fortalecem pela prática e pelo exercício, a autoconfiança do filho brota quando a força pessoal vence barreiras entre ele e seus ideais. Criar um filho com êxito é prepará-lo, com amor e limites, para aceitar as conseqüências de seus atos certos ou errados, bons ou ruins, positivos ou negativos. Gostamos dos nossos filhos. Por isso, aconselhamos, ralhamos, castigamos quando isso se torna conveniente.

O que fica para os filhos, dos pais que tiveram? O mais importante, sem dúvida, serão as horas que lhes dedicámos, o tempo que partilhámos com eles.
Fonte:Belisário Marques é doutor em psicologia pela Universidade de Maryland, nos Estados Unidos. (Revista Vida e Saúde)Matéria enviada.


20 de maio dia do pedagogo!!!




Homenagem do blogger Educar com amor a todos os pedagogos, heróis e heroínas desse país que lutam por uma educação de qualidade.


Um novo cenário.

O novo cenário que se descortina no século XXI traz novas perspectivas para o profissional da educação que se insere no mercado de trabalho!Uma nova estrutura se firma na sociedade, a qual exige profissionais cada vez mais qualificados e preparados para atuarem neste cenário competitivo.

Dessa forma, a educação em espaços não escolares vem confirmar esta discussão que vivenciamos. A atuação do pedagogo ultrapassa o espaço escolar, que até pouco tempo, era seu espaço (restrito) de trabalho, para se inserir num novo âmbito de atuação com uma visão redefinida da atuação deste profissional.

Empresas, hospitais, ONGs, associações, igrejas, eventos, emissoras de transmissão (rádio e Tv), e outros formam hoje, o novo cenário de atuação deste profissional, que transpõe os muros da escola, para prestar seu serviço nestes locais que são espaços até então restritos a outros profissionais. Esta atual realidade vem quebrando preconceitos e idéias de que o pedagogo está apto apenas para exercer suas funções na sala de aula, pois atualmente onde houver uma prática educativa, existe aí uma AÇÃO PEDAGÓGICA E FORMATIVA.

Diante disso, cabe indagar: qual a função e o perfil necessário ao pedagogo para que atue com competência no âmbito não-escolar?

Este assunto desafiador tem sido estudado e discutido no sétimo período do Curso de Pedagogia nas aulas de Formação Profissional VII. Como hoje o Pedagogo, está sendo inserido num mercado de trabalho cada vez mais diversificado e amplo, nossas discussões tem se direcionado para compreender a dinâmica que levou a sociedade a chegar onde estamos hoje, com um discurso voltado para a inclusão social, para o voluntariado, para projetos de pesquisas, para educação formal, não formal e informal, observando o processo de ensino-aprendizagem não somente como processo para dentro da escola, da sala de aula ou do cotidiano escolar, mas um processo que acontece em todo e qualquer segmento da sociedade, seja ele qual for.

Estamos estudando também como o Pedagogo se insere neste novo contexto social, percebendo a sua relação em diferentes espaços. “... Verifica-se hoje, uma ação pedagógica múltipla na sociedade. O pedagógico perpassa toda a sociedade, extrapolando o âmbito escolar formal, abrangendo esferas mais amplas da educação informal e não-formal” (Libâneo, 2002, p.28).

É importante destacar aqui como a educação formal e a não formal caminham paralelamente e, portanto, a necessidade de agregar ao ensino formal, ministrado nas escolas, conteúdos da educação não-formal, como os conhecimentos relativos às motivações, à situação social, à origem cultural, etc. Por isto, esta nova perspectiva de atuação do Pedagogo, sua qualificação vem filtrando cada vez mais, buscando uma relação estreita entre as diferentes propostas de educação existentes na sociedade. “... uma nova cultura escolar que forneça aos alunos instrumentos para que saibam interpretar o mundo” (Touraine, 1997, citação da autora)

O ambiente organizacional contemporâneo requer o trabalhador pensante, criativo, pró-ativo, analítico, com habilidade para resolução de problemas e tomada de decisões, capacidade de trabalho em equipe e em total contato com a rapidez de transformação e a flexibilização dos tempos atuais.

Mas como conseguir isso? Como conseguir desenvolver competências nos alunos de nossas escolas atuais? Como contribuir para a construção de colaboradores autônomos, e com espírito de aprendizes? Como manter as organizações atualizadas no mundo que vive a transformação num ritmo frenético? Como transformar o ambiente de trabalho em um ambiente de aprendizagem permanente?

Diante dessas indagações surge a figura do Pedagogo Empresarial. Cada vez mais as empresas descobrem a importância da educação no trabalho e desvendam a influência da ação educativa do Pedagogo na empresa. O Pedagogo não é mais só o profissional que atua no ambiente escolar. Ao contrário, dispõe de uma imensa área de atuação, tais como: empresas de diversos setores, ONGS, editoras, sites e em todas as áreas que requeiram um trabalho educativo.

A tarefa do Pedagogo Empresarial é, entre outras, a de ser o mediador e o articulador de ações educacionais na administração de informações dentro do processo contínuo de mudanças e de gestão do conhecimento. Gerenciar processos de mudança exige novas posturas e novos valores organizacionais, características fundamentais para empresas que pretendem manter-se ativas e competitivas no mercado.

A palavra de ordem hoje é Gestão do Conhecimento. Escolas e empresas que não repensarem seus modelos e agarrarem-se aos velhos paradigmas do aprendizado e das relações humanas, estarão, certamente, fadadas ao fracasso ou ao desaparecimento. A inexorabilidade da reestruturação sócio-econômica obriga que as escolas desenvolvam competências nos alunos para atender às exigências do mercado de trabalho e que as organizações reestruturem-se e transforme o ambiente de trabalho num ambiente de aprendizagem, contribuindo para a construção de pessoas que se antecipem aos acontecimentos, sejam atualizadas e saibam aprender a aprender.

É nesta perspectiva que o Curso de Pedagogia preocupa-se com a formação dos seus alunos, proporcionando-lhes aulas de campo e experiências práticas que os coloquem em contato com as diversas modalidades educativas, a fim de que saiam para o mercado de trabalho aptos a atuar de forma inovadora, criativa e eficiente.Fazendo a diferença e deixando sua marca!

A partir da leitura deste texto, do vídeo acima faça um comentário sobre as experiências e aprendizagens obtidas a partir do curso e das suas perspectivas profissionais

Em que campo da Pedagogia atua ou pretende atuar ?

Um abraço...

Créditos:Liliana Azevedo Nogueira

Professora potiguar Amanda Gurgel no Programa do Fautão.


A professora natalense Amanda Gurgel, que virou assunto nacional depois que seu vídeo protestando contra o ensino público foi parar no youtube, virou uma celebridade nacional.

Ela confirmou que estará participando no próximo domingo, 22 DE MAIO do Programa Domingão do Faustão da Rede Globo.

Em entrevista à Rádio Caicó AM, a professora potiguar Amanda Gurgel confirmou que estará participando do programa Domingão do Faustão, na Rede Globo de Televisão, neste domingo (22). Ela foi entrevistada por Ismael Medeiros no “Bom Demais”. Sua vida mudou depois que seu desabafo sobre a situação em que se encontra a educação do RN, durante audiência na Assembleia Legislativa caiu na rede mundial de computadores, através do youtube.

Já virou assunto nacional, e ganhou destaque em blogs e jornais estaduais, além dos jornais famosos como O Globo, Folha de São Paulo, dentre outros. Professora de língua portuguesa, mas licenciada é filiada ao PSTU e acabou de criar um perfil no twitter. Apesar da fama, ela lamenta até agora não ter sido procurada por nenhuma autoridade politica do RN para ouvir suas opiniões e discussões sobre a educação.


Fonte : Blog do Marcos Dantas.

Ótima oportunidade para o BRASIL prestar mais atenção ao nosso pedido de SOCORRO.

Que Amanda Gurgel seja bem sucedida e que DEUS a oriente nessa nova jornada.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

O efeito revelador da verdade e da indignação!!!


A professora da rede estadual de educação, que virou heroína nacional. A educadora Amanda Gurgel ficou famosa após o discurso que fez em audiência pública na Assembléia Legislativa do RN. Seu testemunho ganha grande repercussão nas redes sociais como retrato da educação no pais.



As declarações de uma professora da rede estadual de educação, indignada com as condições de trabalho e a má qualidade do ensino público, tem circulado o Brasil inteiro e colocou as deficiências da educação do Rio Grande do Norte em evidência. A professora Amanda Gurgel não economizou críticas aos entes públicos durante uma audiência pública, realizada na Assembleia Legislativa.


As palavras verdadeiras caíram como uma bomba nas redes sociais. As reflexões fizeram com que o vídeo postado no site YouTube - uma reprodução do programa exibido pela TV Assembleia - alcançasse mais de 70 mil acessos. Rapidamente o assunto dominou os comentários no microblog Twitter, chegando ao Trending Topics, os dez assuntos mais comentados na rede social. Uma rápida consulta ao Google revela centenas de referências ao discurso revelador da professora, que está sendo tratado por muitos como o resumo da educação no país. A repercussão na rede não passou despercebida pelos portais denotícias como O Globo, Época e o R7, além de ganhar espaço em vários blogs que tratam de Educação e Direito.

Paladina da educação

As palavras da professora encontraram eco em membros representativos da sociedade. Entre as inúmeras referências ao assunto no Twitter, o ex-ministro da Cultura Gilberto Gil deu o seu veredicto: "Ótimo depoimento da professora Amanda Gurgel". A cantora Zélia Ducan foi além, dizendo que "A profra Amanda Gurgel, essa sim, vai pro céu! Isso sim, faz pensar e exige uma ação, meu povo!".

Já o apresentador multimídia Marcelo Tas utilizou o vídeo para falar sobre a situação da educação no país, postando em seu blog: "Nos últimos 16 anos + 4 meses + 18 dias os governantes nos disseram que Educação é PRIORIDADE do governo deles (me refiro a FHC, Lula e Dilma, e deixo o passado-igualmente nefasto neste quesito- para trás). Desculpem os ilustres citados, mas na minha avaliação, no dicionário deles prioridade é sinônimo de blábláblá".

Tas encerra citando a professora: "Amanda Gurgel, portadora de um contra-cheque de R$ 930 reais mensais, é chamada ao microfone durante Audiência Pública na Assembléia que debate o estado atual da Educação no estado do RN. Em exatos 8 minutos, desenha com precisão, clareza e sobretudo com dignidade o seu estado de espírito como professora e o estado da Educação no Brasil. Professora Amanda, conte com meu apoio, respeito e admiração!".

O vídeo

Amanda iniciou seu pronunciamento falando do salário de R$ 930, afirmando que tal valor não era suficiente para que os educadores tivessem uma vida digna. "Todos aqui falaram de números e eu gostaria de começar a minha fala apresentando um número também. São três algarismos: 9, 3 e 0. Os números do meu salário base. Gostaria que os senhores me respondesse se conseguiriam manter o padrão de vida atual com esse salário. Não pagaria nem a indumentária para frequentar esta Casa", disse.

A secretária estadual de Educação, Betânia Ramalho estava entre as convidadas e se tornou "alvo" de Amanda. "Com todo respeito, secretária, mas asenhora diz que o governo não pode ser imediatista e resolver todos os problemas da Educação de uma só vez. Mas a minha necessidade de alimentação é imediata. O fato é que em nenhum governo a Educação foi prioridade", declarou.

O deputado Hermano Morais, propositor da audiência, e a secretária estadual de educação foram procurados para repercutir o vídeo, mas não deram declarações.

Assista logo a cima o vídeo na íntegra.

O Blog educar com amor parabeniza a Professora Amanda Gurgel, pela coragem e exemplo de cidadania. Falou com propriedade.

Diário de Natal/Jussara Correia.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Situações de aprendizagens. Vale a pena conferir.


A seguir você encontrará uma lista de situações de sala de aula que possibilitam a aprendizagem da língua escrita por meio de atividades de leitura e escrita.
As sugestões que seguem servem para trabalhar com vários textos: contos, mitos, lendas e fábulas. Por isso é necessário que ao trabalhar cada um desses textos, você construa uma sequência de atividades que considere pertinentes para ensinar aos seus alunos.

* Leitura pelo professor - É importante que o professor faça a leitura de vários textos do mesmo gênero (contos, mitos, lendas e fábulas), de modo que os alunos possam se apropriar de um conhecimento que faz parte do património cultural da humanidade e instrumentalizá-los para desfrutar das narrativas literárias.
A atividade de leitura deve ser diária (na hora da chegada, na volta do recreio, antes da saída), pois é importante que os alunos tenham um contato frequente com os textos, para que possam conhecê-los melhor.
O professor necessita ler os textos antes, para se preparar para a leitura em voz alta, garantindo que os alunos possam ouvir a história tal qual está escrita, imprimindo ritmo à narrativa e dando uma ideia correta do que significa ler.
Essas situações de leitura não devem estar vinculadas a atividades de interpretação por escrito do texto, pois são momentos em que se privilegia o ouvir. Nas atividades de leitura, é importante comentar previamente o assunto a ser lido: fazer com que os alunos levantem hipóteses sobre o tema a partir do título; oferecer informações que situem a leitura (autor, nome do livro etc); criar um certo suspense quando for o caso, ou seja, propor situações em que os alunos possam inferir e antecipar significados antes, durante e depois da leitura. Para dar continuidade ao trabalho, o professor deve buscar os livros na biblioteca da escola.

* Reconto oral - Possibilita ao aluno, que não é leitor e escritor convencional, saber mais sobre o texto, apropriando-se oralmente da língua que se escreve. Não é uma situação em que o aluno deve decorar integralmente o texto, mas recontá-lo a partir do que se apropriou da história, não podendo transformar o enredo. Essa situação de aprendizagem deve ser proposta a partir do momento em que os alunos ampliaram o repertório desses tipos de textos. Ao recontar, o aluno deve tanto procurar manter as características linguísticas do texto ouvido como esforçar-se para adequar a linguagem à situação de comunicação na qual está inserido o reconto (é diferente recontar para os colegas de classe, numa situação de "Hora da História", por exemplo, e recontar para gravar uma fita cassete que comporá o acervo da biblioteca). Essa atividade poderá ser realizada com ajuda e orientação do professor e de colegas.


* Escritas produzidas pelos alunos - Escrever segundo suas próprias hipóteses é fundamental para refletir sobre a escrita. Por isso é importante criar momentos na rotina de sala de aula em que os alunos possam escrever sozinhos ou em duplas. Por exemplo: escrita da lista dos personagens do conto; escrita de um novo título para o texto; reescrita de fábulas, contos, mitos e lendas conhecidas; reescrita transformando partes - modificando o cenário, o final, as características de uma personagem, dando outro título etc; escrita de textos a partir de outros conhecidos - um bilhete ou carta de um personagem para outro, um trecho do diário de um personagem, uma mensagem de alerta sobre os perigos em uma dada situação, um convite; uma notícia informando a respeito do desfecho de uma história etc.

Tirando dúvidas:

Reescrita: reescrever é reelaborar um texto fonte (bons textos conhecidos, utilizados como referência). Isto é feito conservando, retirando ou acrescentando elementos com relação a ele. Portanto, reescrita não é reprodução literal: é uma versão própria de um texto já existente. A reescrita de textos coloca a necessidade de a criança recordar para escrever depois, levando-a não só à reprodução dos principais elementos presentes no texto-fonte, mas, algumas vezes, também ao uso das mesmas expressões e palavras que estão no livro. Podemos propor às crianças a reescrita de alguma notícia na TV. de uma lenda, de uma história etc. Toda atividade de reescrita supõe a imitação do escrever do outro: "do jeito que está no livro", "do jeito que sai no jornal" etc.

Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil/ME

* Escrita coletiva: - O professor escreve na lousa, ou em um cartaz, o que os alunos ditam para ele. Neste caso é absolutamente necessário que todos os alunos conheçam bem o conto, a lenda ou fábula. Durante o processo de escrita do texto, é fundamental que o professor discuta com os alunos a forma de escrever as palavras, pois isso favorece a aprendizagem de novos conhecimentos sobre a língua escrita.

*Reflexão sobre a escrita: - Sempre que for possível, favorecer a reflexão dos alunos sobre a escrita, propondo comparações entre palavras que começam ou terminam da mesma forma (letras, sílabas ou pedaços).

*Pesquisa de outros textos: - Os alunos podem pesquisar outros textos do mesmo gênero em livros, na família e na comunidade. Podem, por exemplo: entrevistar pais, avós e amigos a respeito de lendas, fábulas e contos que conhecem: ou procurar textos conhecidos no caderno do aluno.

*Rodas de conversa ou de leitura: - Sentar em roda é uma boa estratégia para socializar experiências e conhecimentos, pois favorece um ambiente de troca entre os alunos.
Uma roda de leitura permite compartilhar momentos de prazer e diversão com a leitura.

*Aprendendo com outros: - A interação com bons modelos é fundamental na aprendizagem; por isso, é importante que os alunos possam compartilhar atos de leitura e observar outras pessoas lendo ou recontando. Desta forma podem aprender a utilizar uma variedade maior de recursos interpretativos: entonação, pausas, expressões faciais, gestos... O professor pode chamar para a sala de aula alguns familiares ou pessoas da comunidade, que gostem de contar ou ler para outros. Também é possível levar para a sala de aula gravações de pessoas lendo e contando histórias.

*Projetos - As propostas de aprendizagem também podem ser organizadas por meio de projetos que proponham aos alunos situações comunicativas envolvendo a leitura e a escrita dos textos (lendas, fábulas, mitos e contos). Essas propostas de trabalho podem contemplar todas as séries, cada aluno contribuindo de acordo com suas possibilidades. Exemplos: propor a realização de:

• Mural de personagens: descrição das personagens mitológicas (características físicas, poderes, moradia etc.) acompanhada de ilustrações que correspondam às descrições.
• Seleção dos textos preferidos para a produção de uma coletânea (livro) - podem escrever ou selecionar os textos para presentear alguém ou para compor a biblioteca da classe.
• Reconto oral de contos conhecidos para um público específico (outra classe, comunidade etc).

Como os textos produzidos nos projetos têm um leitor real, o professor deve torná-lo o mais próximo do correto, traduzindo a escrita dos alunos ou revisando as escritas em que só faltam algumas letras.

* FONTE: Alfabetização : livro do professor / Ana Rosa Abreu ... [et ai.]. Brasília : FUNDESCOLA/SEF-MEC, 2000.