O senhor é meu pastor e nada me faltará...


anjos - Recados Para Orkut


"Educar com amor".

"Educar com amor".

Um cantinho especial para uma boa e agradável conversa!!!

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Não desista nunca.

Se você não acreditar naquilo que você é capaz de fazer; quem vai acreditar?
Dizer que existe uma idade certa, tempo certo, local certo, não existe.
Somente quando você estiver convicto daquilo que deseja e esta convicção fizer parte integrante do processo.
Mas quando ocorre este momento? Imagine uma ponte sobre um rio.
Você está em uma margem e seu objetivo está na outra.
Você pensa, raciocina, acredita que a sua realização está lá.
Você atravessa a ponte, abraça o objetivo e não olha para traz.
Estoura a sua ponte.
Pode ser que tenha até dificuldades, mas se você realmente acredita que pode realizá-lo, não perca tempo: vá e faça.
Agora, se você simplesmente não quer ficar nesta margem e não tem um objetivo definido, no momento do estouro, você estará exatamente no meio da ponte.
Já viu alguém no meio de uma ponte na hora da explosão... eu também não.
Realmente não é simples.
Quando você visualizar o seu objetivo e criar a coragem suficiente em realizá-lo, tenha em mente que para a sua concretização, alguns detalhes deverão estar bem claros na cabeça ou seja, facilidades e dificuldades aparecerão, mas se realmente acredita que pode fazer, os incômodos desaparecerão.
É só não se desesperar.
Seja no mínimo um pouco paciente.
Pois é, as diferenças básicas entre os três momentos são:
ESTOURAR A PONTE ANTES DE ATRAVESSÁ-LA Você começou a sonhar... sonhar... sonhar! De repente, sentiu-se estimulado a querer ou gozar de algo melhor.
Entretanto, dentro de sua avaliação, começa a perceber que fatores que fogem ao seu controle, não permitem que suas habilidades e competências o realize.
Pergunto, vale a pena insistir?
Para ficar mais tangível, imaginemos que uma pessoa sonhe viver ou visitar a lua, mas as perspectivas do agora não o permitem, adianta ficar sonhando ou traçando este objetivo?
Para que você não fique no mundo da lua, meio maluquinho, estoure a sua ponte antes de atravessá-la, rompa com este objetivo e parta para outros sonhos! ESTOURAR A PONTE NO MOMENTO DE ATRAVESSÁ-LA Acredito que tenha ficado claro, mas cabe o reforço.
O fato de você desejar não ficar numa situação desagradável é válido, entretanto você não saber o que é mais agradável, já não o é! Ou seja, a falta de perspectiva nem explorada em pensamento, não leva a lugar algum. Você tem a obrigação consciencional de criar alternativas melhores.
Nos dias de hoje, não podemos nos dar ao luxo de sair sem destino.
O nosso futuro não é responsabilidade de outrem, nós é que construímos o nosso futuro. Sem desculpas, pode começar...
ESTOURAR A PONTE DEPOIS DE ATRAVESSÁ-LA.
No início comentei sobre as pessoas que realizaram o sucesso e outras que não tiveram a mesma sorte.
Em primeiro lugar, acredito que temos de definir o que é sucesso.
Sou pelas coisas simples, sucesso é gostar do que faz e fazer o que gosta.
Tentamos nos moldar em uma cultura de determinados valores, onde o sucesso é medido pela posse de coisas, mas é muito mesquinho você ter e não desfrutar daquilo que realmente deseja.
As pessoas que realizaram a oportunidade de estourar as suas pontes de modo adequado e consistente, não só imaginaram, atravessaram e encontraram os objetivos do outro lado.
Os objetivos a serem perseguidos, foram construídos dentro de uma visão clara do que se queria alcançar, em tempo suficiente, de modo adequado, através de fatores pessoais ou impessoais, facilitadores ou não, enfim o grau de comprometimento utilizado para a sua concretização.

A visão sem ação, não passa de um sonho.
A ação sem visão é só um passatempo.
A visão com ação pode mudar o mundo.


Créditos:Martha Medeiros

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

10 termos que são tendência no mundo da educação.

Clic na imagem para amplia-la.

“Você viu o último Mooc do MIT?”, pergunta um professor interessado em tecnologias educacionais a um colega. “Vi e já estou participando de um crowdsourcing para melhorar a plataforma”, responde o outro. “E você está tentando flipped classroom com seus alunos?”, retruca o primeiro. “Claro. Ficou muito mais fácil depois que a escola adotou essa plataforma de adaptive learning”, diz o segundo.

Espera um pouco. Adaptive e crowd o quê? Se você se interessa por educação e não está familiarizado com esses termos, fique tranquilo. Você não é o único. Com a emergência das tecnologias nas salas de aula e no cotidiano das pessoas, esses e outros muitos conceitos, a maioria deles em inglês, têm começado a aparecer aqui e ali. Para ajudá-lo na tarefa de entender essas novidades,o site o Porvir organizou um glossário com alguns desses novos termos.


Créditos:http://porvir.org

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

A escola, o Professor e as Novas Tecnologias.


A escola, sendo um lugar de troca de experiências, interações sociais e aprendizado, jamais poderá fazer de conta que nada está acontecendo, ficar alheia à realidade tecnológica pela qual passa o mundo. Perrenoud (2000) diz que a escola não pode ignorar o que se passa no mundo. Infelizmente, como acontece na maioria das vezes, as escolas e os professores são muito indiferentes ao que está acontecendo em sua volta e não acompanham as mudanças de modo significante e satisfatório.
Como faz notar Mantoan (1997) a educação escolar e o professor que a ministra não têm, no geral, um referencial de mundo que se compatibiliza com a realidade circundante e com seus possíveis avanços. O espaço educacional parece imune, preservado desses avanços, mantendo o velho, pela indiferença às mudanças do meio.
Tomando essas ideias como base, destaca-se o importante papel das instituições escolares, que servem como porta de entrada e lugar central de discussões e anseios sociais. Sem a contribuição desse espaço tão rico e colaborativo, os alunos, com certeza, não teriam uma base sólida para desenvolver seu pensamento histórico e filosófico, ficando privados das realidades que os cercam e de ações humanas evidenciadas.
As novas tecnologias devem ser implementadas através de um projeto no espaço escolar para se obter um resultado proveitoso, que tenha como objetivo o máximo rendimento e economia de tempo no processo de ensino-aprendizagem e, principalmente vise à extinção da monotonia das aulas. No entanto, vale ressaltar que as NTIC jamais deverão ser incluídas no currículo escolar por modismo. Elas devem fazer parte do cotidiano escolar, evidenciando o aprendizado e a autoestima de alunos e professores.
A gestão escolar é muito importante nesse processo de implantação do uso das NTIC na escola, além do auxílio com o provimento dos equipamentos necessários e a responsabilidade pelo treinamento com a parte operacional, é dever da escola oferecer aos seus educadores formações continuadas frequentes na área de tecnologias na educação.
Não se pode admitir que as escolas continuem com metodologias retrógradas e ultrapassadas, é necessário uma “repaginada” no modo de ensinar e no modo de aprender. As mentalidades mudaram, as realidades são outras. Como destaca Couto (2008) não dá para ficar nas eternas lamentações que atribuem culpa aos pais, ao desinteresse dos alunos, à despreparação e má vontade dos alunos que só querem brincadeiras, que são viciados em jogos, nas novelas e em tudo que é superficialidade e que, ainda por cima, só sabem é faltar o respeito aos professores. Tudo isto, segundo Couto, pode ser verdade, mas não se pode continuar na atitude recriminatória sem um esforço para mudar métodos de 30 anos atrás que podiam ser eficazes, mas que já não servem para esta geração que foi moldada pela televisão, pelas consolas e pelos computadores.
A escola, e principalmente os professores, precisam encarar essas novas tecnologias de forma natural, buscando oportunidade de aperfeiçoar-se para a operação dessas novidades tecnológicas. Dificuldades são muitas, mas é necessário um envolvimento por parte dos educadores para que efetivamente haja mudanças.
Mesmo que a escola não ofereça subsídios para a inserção das novas tecnologias, o professor tem o dever, como agente de transformação e formador de opinião, de oferecer para seus educandos conhecimentos e interações com essas tecnologias, tendo em vista que fazem parte do cotidiano de muitos deles. Com relação ao professor, Haetinger (p. 70, 2005) diz que “se continuar não interagindo o ensino com a vida prática dos alunos, está correndo o risco de ficar falando sozinho, na sala de aula ou no universo virtual”. Ainda com relação às tecnologias, Haetinger (2005), complementa que em nosso trabalho de educadores, devemos sempre... oportunizar aos alunos o acesso à informação e à construção de conhecimentos coletivos. Ao oferecermos este tipo de vivência, buscamos a motivação do aluno e o comprometimento do mesmo com a aprendizagem individual e do grupo ao qual ele pertence.
A escola mudou não se concebe mais aquele ensino metódico e puramente mensurável, onde o professor detinha todo o conhecimento. A sociedade, seus padrões e ritmos mudaram, vive-se no século XXI, na Pós-modernidade, onde as máquinas são responsáveis por grande parte do desenvolvimento mundial. Necessita-se, então, que os educadores analisem como as NTIC podem ajudar a favorecer a aprendizagem das crianças. Atualmente, uma discussão pertinente entre os educadores não questiona se “o aluno aprende ou não aprende” ou “o quanto ele aprende”, mas está voltada a questões mais amplas como: “de que modo podemos favorecer a aprendizagem?”, que ações pedagógicas adotaremos para facilitar a construção de conhecimentos? Haetinger (2005).
É fundamental que o educador tenha conhecimentos e domínio das NTIC, pois além de se constituírem uma fonte de informações, são recursos pedagógicos muito ricos, desde que utilizadas de forma adequada pelo professor. Para Kalinke (1999), dominar as novas tecnologias significa estar integrado com as transformações. Há uma série de recursos tecnológicos que estão à disposição do professor. Eles podem auxiliar em muito o seu trabalho administrativo e pedagógico. Existe, contudo, a necessidade de dominá-los de forma adequada para otimizar a sua utilização.
A rapidez com que as informações circulam é enorme, vivemos um momento totalmente distinto dos que viveram os nossos pais e avós. A geração atual é tecnológica e digital, é necessário que o professor do século XXI acompanhe essas mudanças e esteja sempre se atualizando para não correr o risco de ser um professor do passado.
Kalinke (1999) em seu livro “Para não ser um professor do século passado” escreveu que não podemos querer lidar com essa geração da mesma forma que lidaram conosco. As transformações da humanidade exigem uma mudança comportamental, e nós, que somos os formadores das próximas gerações, temos a obrigação de eliminarmos nossas fobias a mudanças e sermos os primeiros a incentivar uma constante descoberta e readequação do homem aos novos tempos.
Apesar de o educador ter a responsabilidade de familiarizar os seus alunos com as novas tecnologias, não poderá realizar sem um suporte, por parte da instituição de ensino. A escola tem o dever de oferecer formação a esses educadores, para posterior utilização e direcionamento para o trabalho pedagógico. No entanto, percebe-se que essas formações ainda são muito raras e, quando existem, poucos professores se dispõem a participar.
É importante frisar que para um trabalho efetivo com o uso das NTIC é preciso que todos os professores trabalhem em conjunto, que possam discutir ideias e deem sugestões de melhorias no uso das novas tecnologias no processo de ensino – aprendizagem. Além do mais, é interessante que haja um trabalho interdisciplinar, onde todos os professores possam colaborar com os outros educadores.
Mercado (1999) defende que os professores são facilitadores deste processo educativo e o trabalho destes não poderá mais ser concebido isoladamente, mas em conjunto com os colegas e a partir de preposições mais amplas que extrapolam os limites de uma disciplina ou sala de aula.

Créditos:Ivanilson Costa é professor, mestrando em Ciências da Educação, Especialista em Tecnologias e EAD, Pós-graduando em Psicopedagogia, escritor (autor do livro: Novas tecnologias: desafios e perspectivas na Educação, 2011), membro da Sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento – SBNEC e blogueiro (www.ivanilson.com).

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Nóis mudemo.


Dia dos professores chegando,esse texto cai como uma luva, para pararmos e refletirmos a nossa prática, enquanto educares. Excelente texto. Boa leitura.

As aulas tinham começado numa segunda-feira. Escola de periferia, classes heterogêneas, retardatários. Entre eles, uma criança crescida, quase um rapaz.
- Por que você faltou esses dias todos?
- Fessora É que nóis mudemo onti,. Nóis veio da fazenda.
Risadinhas da turma
- Não se diz "nóis mudemo", menino! A gente DEVE dizer: "nós mudamos", tá?
-Tá, fessora!

No recreio, as chacotas dos colegas: "Oi, mudemo nóis!" "Até amanhã, nóis mudemo!" No dia seguinte, a mesma coisa: risadinhas, cochichos, gozações.
- Pai, não vô mais pra escola!
- Oxente! Modi quê?
Ouvida a história, o pai coçou a cabeça e disse:
- Meu fio, num deixa a escola por uma bobagem dessa! Não liga pras gozações da meninada! Esquece logo eles.
Não esqueceram.

Na quarta-feira, dei pela falta do menino. Ele não apareceu nenhum resto da semana, nem na segunda-feira seguinte. Aí me dei conta de que eu nem sabia o nome dele. Procurei no diário de classe e soube que se chamava Lúcio - Lúcio Rodrigues Barbosa. Achei o endereço. Longe, um dos últimos casebres do bairro. Fui lá, uma tarde. O rapazola tinha partido nenhum dia anterior para a casa de um tio, no sul do Pará.
- É meu, professora, fio não aguentou as gozação da meninada. Eu tentei fazê ele continua, mas não teve jeito. Ele tava chateado demais. Bosta de vida! Eu devia di té ficado na fazenda côa FAMIA. Na cidade nóis não tem veis. Nóis fala tudo errado.
Inexperiente, confusa, sem saber o que dizer, Engoli em seco e me despedi.

O episódio ocorrera há dezessete anos e tinha caído em total esquecimento, ao menos de minha parte.
Uma tarde, num povoado à beira da Belém-Brasília, eu ia pegar o ônibus, quando alguém me chamou. Olhei e vi, acenando para mim, um rapaz pobremente vestido, magro, com aparência Doentia.
- O que é, moço?
- A senhora não se lembra de mim, fessora?
Olhei para ele, dei tratos à bola. Reconstituí num momento meus longos anos de Sacerdócio digo, de magistério. Tudo escuro.
- Eu sou "Nóis mudemo", lembra?
Comecei a tremer.
- Moço, sim. Agora lembro. Como era mesmo seu nome?
- Lúcio - Lúcio Rodrigues Barbosa.
- O que aconteceu com você?

- O que aconteceu? Ah! fessora! É mais fácil dizê o que não aconteceu. Comi o pão que o diabo amasso. E êta diabo bom de padaria! Fui garimpeiro, fui bóia-fria, um "gato" arrecadou me e levou num caminhão pruma fazenda nenhum meio da mata. Lá trabaiei como escravo, passei fome, fui baleado quando consegui fugi. Peguei tudo quanto é doença. Até na cadeia já fui pará. Nóis ignorante às veis fais coisa sem faze Querê. A escola fais uma farta danada. Eu não devia de té saído daquele jeito fessora, mas não aguentei as gozação da turma. Eu vi logo que nunca ia consegui fala direito. Ainda hoje não sei.
- Meu Deus!
Aquela revelação me virou pelo avesso. Foi demais para mim. Descontrolada, comecei a soluçar convulsivamente. Como eu podia ter Sido tão burra e má? E abracei o rapaz, o que Restava do rapaz, que me olhava atarantado.
O ônibus buzinou com insistencia. O rapaz afastou-me suavemente de mim.

- Chora não, fessora! A senhora não tem curpa.
- Como? Eu não tenho culpa? Deus do céu!

Entrei no ônibus apinhado. Cem olhos eram cem flechas Vingadoras apontadas para mim. O ônibus partiu. Pensei na minha sala de aula. Eu era uma assassina a caminho da guilhotina.

O ônibus da Transbrasiliana deslizava manso pela Belém-Brasília rumo a Porto Nacional. Era abril, mês das derradeiras chuvas. No céu, uma luazona enorme pra namorado nenhum botar defeito. Sob o luar generoso, o cerrado verdejante era um presépio, todo poesia e misticismo.

Mas minha alma estava profundamente amargurada. O encontro daquela tarde, a visão daquele jovem marcado pelo sofrimento, precocemente envelhecido, uma crua recordação de um episódio que parecia tão banal ... Tentei dormir. Inútil. Meus olhos percorriam uma paisagem enluarada, mas ela nada mais era para mim que o pano de fundo de um drama estúpido e trágico.

Hoje tenho raiva da gramática. Eu mudo, tu mudas, ele muda, nós mudamos, mudamos, mudaamoos, mudaaamooos ... Superusada, mal usada, abusada, ela é uma guilhotina dentro da escola. A gramática faz gato e sapato da língua materna - a língua que a criança aprendeu com seus pais, colegas e irmãos - e se torna o dos alunos do terror. Em vez de estimular e fazer crescer, comunicando, ela reprime e oprime, cobrando Centenas de regrinhas estúpidas para aquela idade.

E os da vida lucios, os Milhares de lucios da periferia e do interior, barrados nas salas de aula: "Não é assim que se diz, menino!" Como se o professor Quisesse dizer: "Você está errado! Os seus pais estão errados! Amigos e seus irmãos e vizinhos estão errados! A certa sou eu! Imite-me! Copie-me! Fale como eu! Você não seja você! Renegue suas raízes! Diminua-se! Desfigure-se! Fique No Seu Lugar! Seja uma sombra! E siga desarmado pelo Matadouro da vida ... "


Créditos:Fidêncio Baga.

De Coração para Coração.

:
O que separa corações não é a distância, é a indiferença. Há pessoas juntas estando separadas por milhares de quilômetros e outras separadas vivendo lado a lado. Muitas vezes nos importamos com o que acontece no mundo, nos sensibilizamos e pensamos até em fazer alguma coisa, mas nos esquecemos do que se passa ao nosso lado, na nossa casa, na nossa família e mesmo na vizinhança.
Colocamos, sem querer, barreiras entre os corações que nos cercam. A indiferença mata lentamente, anula qualquer sentimento; e assim criamos distâncias quando estamos tão próximos.
As pessoas se habituam tanto àquelas que convivem com elas que elas passam a não notá-las mais, a não dar mais importância.
Mas, se quisermos transformar o mundo, comecemos por transformar a nós mesmos.
Se quisermos entrar em combates para melhorar algo para o futuro, que esse combate comece dentro da nossa própria casa.
Precisamos olhar os que estão ao nosso lado sempre com olhos novos. Comunicar mais, destruir mais barreiras e construir mais pontes. Precisamos nos dar de coração a coração.
A melhor maneira de acabar com a indiferença de uma pessoa em relação a nós é amá-la. O amor transforma tudo. Não permita que pessoas ao seu lado morram de solidão! Não permita que elas sintam-se melhores fora de casa que dentro dela! Dê atenção, dê do seu próprio tempo! Comunique mais. Riam juntos.
Há quanto tempo você não diz para a pessoa que vive ao seu lado que gosta dela? A gente não recupera tempo perdido. Mas podemos decidir não perder mais.
Vamos amar os corações que nos cercam e tentar alcançar novamente aqueles que se distanciaram. Há sempre tempo para se amar. E se não houvesse, o próprio amor seria capaz de inventar.

Créditos:(Letícia Thompson)

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Negro, Negritude

Negro, negritude
na vida, no sangue, no povo
nos lábios do poeta, no artesanato
nos focos da luz em sonhos
na história da gente viva
na marca dos que se foram
nos olhos dos que o são

Negro, negritude
na consciência dos que têm
nos porões da imanência
na memória de Zumbi
nos corpos negros da dança
na culinária saborosa
nas marcas da inteligência

Negro, negritude
na beleza da mulher negra
nas cores incalculáveis
nos rostos tão incansáveis
nos labirintos do preconceito
nas lembranças de dor e vitória
na vida de nossa gente brasileira.


Créditos:Rogério Medrado

sábado, 22 de setembro de 2012

Porta- treco com garrafa pet e EVA.

Olha pessoal, que ideia legal para o dia das crianças. No blog elas disponibilizam o molde gratuito para download.



Fonte:http://evacolorido.com.br

Vamos fazer a diferença.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Dicionário da vida.

Amigo: É alguém que fica para ajudar quando todo mundo se afasta.

Adeus: É quando o coração que parte deixa a metade com quem fica.

Amor ao próximo: É quando o estranho passa a ser o amigo que ainda não abraçamos.

Caridade: É quando a gente está com fome, só tem uma bolacha e reparte.

Carinho: É quando a gente não encontra nenhuma palavra para expressar o que sente e fala com as mãos, colocando o afago em cada dedo.

Ciúme: É quando o coração fica apertado porque não confia em si mesmo.

Compreensão: É quando um velhinho caminha devagar na nossa frente e a gente, estando apressado, não reclama.

Cordialidade: É quando amamos muito uma pessoa e tratamos todo mundo da maneira que a tratamos.

Evolução: É quando a gente está lá na frente e sente vontade de buscar quem ficou para trás.

Filhos: É quando Deus entrega uma jóia em nossas mãos e recomenda cuidá-la.

Fé: É quando a gente diz que vai escalar o Everest e o coração já o considera feito.

Inimizade: É quando a gente empurra a linha do afeto para bem distante.

Lealdade: É quando a gente prefere morrer que trair a quem ama.

Lágrima: É quando o coração pede aos olhos que falem por ele.

Mágoa: É um espinho que a gente coloca no coração e se esquece de retirar.

Maldade: É quando arrancamos as asas do anjo que deveríamos ser.

Morte: Quer dizer viagem, transferência ou qualquer coisa com cheiro de eternidade.

Perfume: É quando mesmo de olhos fechados a gente reconhece quem nos faz feliz.

Netos: É quando Deus tem pena dos avós e manda anjos para alegrá-los.

Orgulho: É quando a gente é uma formiga e quer convencer os outros de que é um elefante.

Ódio: É quando plantamos trigo o ano todo e estando os pendões maduros a gente queima tudo em um dia.

Perdão: É uma alegria que a gente se dá e que pensava que jamais a teria.

Paz: É o prêmio de quem cumpre honestamente um dever.

Pessimismo: É quando a gente perde a capacidade de ver em cores.

Raiva: É quando colocamos uma muralha no caminho da paz.

Preguiça: É quando entra vírus na coragem e ela adoece.

Simplicidade: É o comportamento de quem começa a ser sábio.

Saudade: É estando longe, sentir vontade de voar; e estando perto, querer parar o tempo.

Supérfluo: É quando a nossa sede precisa de um gole de água e a gente quer um rio inteiro.

Solidão: É quando estamos cercados por pessoas, mas o coração não vê ninguém por perto.

Ternura: É quando alguém nos olha e os olhos brilham como duas estrelas.

Sinceridade: É quando nos expressamos como se o outro estivesse do outro lado do espelho.

Vaidade: É quando a gente abdica da nossa essência por outra; geralmente pior.


Créditos: "O Homem que Veio da Sombra" (Luiz Gonzaga Pinheiro)

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Ariano Suassuna, indicado ao Prêmio Nobel de Literatura.

Ariano Suassuna completa 85 anos e dispara: ‘Quem não se interessa por livros perde a chance de sonhar.

Autor dos célebres Auto da Compadecida e A Pedra do Reino, Ariano Vilar Suassuna, completou 85 anos no sábado. Ele é um dos mais importantes dramaturgo, romancista e poeta brasileiros. Em visita à Feira do Livro de Ribeirão Preto (SP), o símbolo da cultura popular disse que não olha TV, mas sim “arenga” com a TV.

Ariano Suassuna afirmou ainda que a riqueza da Cultura Popular Brasileira não se compara a nenhuma outra, ressaltando que até as novelas podem se inserir nessa avaliação, embora com ressalvas.

O autor, que é o indicado desse ano a ser o representante brasileiro no Prêmio Nobel de Literatura, também falou de como são importantes as realizações de Feiras do Livro.

Fonte:http://marcelodubai.blogspot.com.br

segunda-feira, 9 de julho de 2012

A criança que existe em você.

Existe uma criança linda dentro de você. Provavelmente já lhe disseram isso e você, por teimosia, descrença ou absoluta falta de imaginação desprezou a afirmação. Então tente ficar inerte diante da composição Aquarela, de Toquinho; ou leia O Menino Maluquinho de Ziraldo e tente não sentir saudades de sua infância...

A criança nunca deixou de existir. Nem por um momento sequer. É que muitas vezes o adulto que a encerra deixou de sonhar. Parou de acreditar na Terra do Nunca, deixou de pensar que pode voar como seus mais amados super-heróis, não quis mais saber da Emília e do Visconde, esqueceu da bola ou da boneca,...

Agora só quer saber de correr. Parece o coelho da Alice e a todo o momento olha seu relógio. Está encarcerado numa rotina estressante que o faz cativo sem que nem ao menos se dê conta. Não sabe por que corre. Acha que se não fizer isso será atropelado, passado para trás, superado por outros, que nem ao menos conhece...

E o pior de tudo é que esse adulto, como os piratas do Peter Pan, não quer nem mesmo que as crianças sejam crianças por mais tempo. Faz força para acelerar o relógio biológico de nossas crianças para que não sejam mais infantis. Para que brincar? O negócio é namorar. Por que desenhar e pintar? É melhor ir para o Shopping. Subir em árvore ou ir ao parquinho? Que tal ir fazer umas compras...

As crianças não podem mais subir em árvores. Nem, tampouco, devem assistir desenhos animados. Acreditar em coelhinho da páscoa ou em Papai Noel então, é terminantemente proibido. Se seu filho usa roupas que tenham desenhos como o Mickey, a Mônica ou o Pernalonga depois de certa idade... provavelmente ele será alvo de chacotas e ridicularizações por seus pares na escola, no clube, na rua,...

E por que as crianças não querem mais fazer desenhos com o contorno das mãos ou navegar num barco com suas grandes e bonitas velas brancas estendidas como nos diz Toquinho em sua clássica composição? Será que os sonhos da infância não estão sendo massacrados por nossa ausência e indiferença? Quando foi a última vez que você se sentou para brincar com seus filhos?

Ouvi de uma pessoa religiosa que a catequese de nossas crianças é feita desde o seu nascimento e que os principais catequizadores são os próprios pais... Seu filho é fruto de seu envolvimento com a vida dele... Sua saúde física, mental e emocional está em suas mãos. Reserve a criança que há dentro de você para brincar com ele. Isso é o que realmente ficará para sempre...

Créditos:João Luís de Almeida Machado.Doutor em Educação. PUC. SP

terça-feira, 3 de julho de 2012

Rainha de Copas.

Somente quem sentiu a dor de uma injustiça, sabe que diferença o homem pode fazer no mundo.

As cortinas foram abertas. No dia da audição, as crianças estavam todas prontas para interpretar Alice no país das Maravilhas. Todas as meninas queriam ser Alice e os meninos queriam ser o coelho branco, ou o rato, ou o Dodo. Todos queriam ser protagonistas. Não poderia ser diferente, são os protagonistas que conduzem a história; os livros são vendidos porque existe um protagonista; a vida na ficção é feita de mocinhos e mocinhas.
Com certeza, a professora não estranhara o fato de todas as crianças preferirem os papéis de destaque, tão certo, que sempre que uma vinha lhe mostrar suas aptidões no palco, durante a audição, ela já tinha em mãos uma cópia das falas de Alice. Alice era irrepreensível, era de um coração ingênuo, conquistava todos a sua volta. Quem não gostaria de ser Alice?

Júlio, um garoto de oito anos aproximadamente, decidiu participar também da audição. Mais uma vez, a professora já tinha em mãos o papel de um dos protagonistas. Quando ela lhe perguntou se ele queria o papel do coelho, ou do rato, ou mesmo de Dodo, ele lhe respondeu:

– Eu quero ser a Rainha de Copas!

A professora não o questionou, entregou-lhe as falas da personagem, e avaliou a sua interpretação. Passados alguns dias, saíram os resultados para as crianças que se inscreveram na audição. O alvoroço era imenso, afinal, quem ficou com o papel de Alice e dos demais personagens de destaque? Como não havia possibilidade de nenhuma criança ficar fora do espetáculo; aqueles que não obtiveram os papéis principais receberiam as falas de outros personagens da história com atuações menores, mas extremamente fundamentais para a composição dos cenários.
Um a um, a professora foi entregando o personagem. Alice acabou ficando com uma menina autista que estudava na escola. Com certeza, as outras meninas acharam uma tremenda injustiça. A menina mal conseguia se relacionar como poderia ser a tão bela e doce protagonista? Interpretando ela era fantástica...
O pior ainda aconteceria, a professora cedeu o papel da Rainha de Copas a Júlio. O menino ficou emocionado e a professora o elogiou a exaustão, porque de todas as vezes que sugeriu a interpretação da história, nunca teve alguém que interpretasse a Rainha como Júlio. Quando foi anunciado o seu resultado, as demais crianças quase desfaleceram de tanto rirem. Um menino fazendo papel de menina, ele deveria ter se candidatado a Alice – diziam eles.
O estopim aconteceu quando no ensaio, escreveram na capa da Rainha: “viado”, assim mesmo, com erro de grafia. A professora interrompeu o ensaio e chamou as crianças ao centro do palco.

– Eu quero saber quem foi que escreveu essa palavra na capa da Rainha de Copas? –

perguntou a professora.

Nenhuma criança se acusou. Então, a professora continuou, fazendo-lhes outra pergunta:

– Já que ninguém tem coragem de se assumir, não com a mesma coragem que teve para escrever essa palavra no figurino do meu espetáculo, quero saber se alguém pode me dizer o significado dessa palavra? – apontando para a capa.

Mais uma vez nenhuma criança disse nada, sequer esboçaram algum riso.

– Foi o que pensei. Por favor, alguém pegue o dicionário para mim. – uma das crianças se levantou e atendeu ao pedido da professora. Ela abriu o dicionário e o leu para os alunos:

– Bom, vejamos... “Viado” não existe, existe veado. Veado é um tecido de lã com riscas ou veios. Também é a designação comum a mamíferos ruminantes da família dos cervídeos, de coloração geralmente baia ou amarronzada, cornos ramificados ou simples, presentes apenas nos machos de pata com quatro dedos, pernas longas e cauda curta. Mesmo que suaçu. Então, a educadora perguntou:

– Por acaso, é isso que a Rainha de Copas representa? Por acaso, é isso que o amiguinho de vocês significa?

Eu quero contar uma história a vocês. No passado, num tempo muito distante, as mulheres não podiam participar do teatro. Elas eram totalmente impedidas pela sociedade, pelos maridos, e pela família. As mulheres não podiam trabalhar, muito menos, trabalhar com arte, e na possibilidade de se colocar numa cena mais envolvente com outro homem. Não existia atriz, sempre existiu ator. Então, no passado, o ator precisava fazer todos os papéis. Ele deveria ser a mãe, a avó, a criança, o soldado, a princesa, a rainha, a amante, o esposo, o animalzinho, o vendedor e qualquer outro papel que lhe fosse entregue. Ser bom ator significava poder interpretar com maestria quaisquer personagens, não importava se homem, mulher ou animal. Quem já ouviu falar em Romeu e Julieta? – quase a totalidade das crianças levantou as mãos. Eu quero dizer que na época de Shakespeare, as palavras de amor trocadas pelos namorados, foram originalmente faladas por dois homens no palco. Eu quero dizer que no teatro não existe papel errado, pequeno, ou inferior, ou menos importante. O que existe são atores pequenos e de pensamentos inferiores ou menos importantes.
As crianças não mais debocharam do menino. Os ensaios continuaram e o espetáculo foi apresentado, e na divisão do palco, houve uma disputa pela atenção do público entre Alice, a protagonista, e a Rainha. A interpretação de ambos foi maravilhosa. A interpretação de Júlio foi tão intensa, que não teve quem não dissesse se tratar de uma rainha, Rainha de Copas. A menina autista foi extremamente aplaudida, e quando as crianças saudaram o público ao final do espetáculo, Júlio retirou a coroa e a peruca, e o público tomou um susto, pois viram se tratar de um menino.
O público ficou emudecido e no ensejo, a professora chamou ambos ao centro do palco. A menina autista e sem autoestima por não se relacionar com os amigos, e o menino que no palco quis o papel, originalmente, feito para ser interpretado por uma menina. A professora mostrou ao público a importância do teatro na vida das crianças, e das possibilidades que o espetáculo lhes trazia. Por exemplo, vencer os preconceitos encontrados no dia a dia.
Mais do que isso, quando a professora cedeu a palavra a Júlio, ela perguntou o que o fez desejar o papel da rainha? Ele sem a maturidade necessária para entender o teor da sua atitude, nem de suas palavras, contou a todos o que ele sentia:
– Sabe o que é eu nunca gostei muito de ler estórias que só tivesse no centro uma mocinha ou um mocinho, eu sempre gostei do vilão. O vilão é o mais legal, porque ele é sempre o culpado, ele sempre faz tudo errado. Se não tivesse o vilão, não teria o mocinho, ou então, o mocinho só é o mocinho, porque tem o vilão. Eu quis ser a rainha, porque ela manda cortar a cabeça, ela burla as regras, e todos precisam obedecê-la. Ela nunca é a culpada, ela é sempre a rainha. Na escola, as outras crianças riem de mim, me xingam, e dizem que eu sou menina; mas no palco, quando eu sou a rainha, elas são obrigadas a me obedecerem, e elas não mais me xingam, porque senão eu mando cortar a cabeça delas. Na escola, eu sempre sou maltratado, sou sempre o culpado, mas no teatro, eu estou no centro, sou sempre eu mesmo, aquele que importa para haver a mocinha, eu sou a rainha.
De repente, alguém começou a aplaudi-lo, outro bater de palmas se ouviu, e contagiou a todos os presentes naquele espetáculo; rapidamente, um coro de palmas se ouviu e, desta vez, não era a Rainha, mas Júlio era verdadeiramente aplaudido.
Novamente no ensejo, a professora aproveitou o período após as palmas, para trazer

uma reflexão a todos:

– É verdade que muito se fala em educação, em medidas socioeducativas, mas pouco se pensa na questão do ser humano. Todos falam que educação é importante, mas poucos entendem o teor daquilo que dizem. A educação é importante porque antes de tudo ajuda a enxergar o ser humano e ampliar as possibilidades dele com responsabilidade. Educação também é responsabilidade dos pais, aliás, é responsabilidade de todos. Eu trabalho com crianças e sei que nenhuma delas nasceu com disposição ao ódio, com horror as diferenças, e medo daquilo que não lhes é igual. Quando vejo crianças sendo maltratadas na escola como o menino Júlio, eu sei que outras o maltratam, porque aprenderam de alguém, e não foi no meu palco, nem no meu quadro negro, muito menos, a partir do meu giz. Mas elas aprenderam e absorveram a ideia de ódio de alguém. Uma criança de oito anos de idade ou mais, não tem maldade, muito menos sabe escolher se gosta de menino ou menina; o que uma criança de oito anos ou mais gosta mesmo é de ser criança, só isso. Peço encarecidamente, que quando vocês falarem em seu âmbito familiar o quanto não gostam das diferenças, ou aquilo que consideram certo ou errado em relação às pessoas, peço que olhem o ser humano, e saibam que uma criança está a ouvir o que vocês dizem.

E as cortinas do palco se fecharam, e a Rainha de Copas voltou ao seu trono, imaculada.



Créditos: Emannuel Baldavir.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

O tempo não perdoa.

Vovó Hermínia-88anos.

O tempo passa com uma rapidez absurda e deixa todos os tipos de marcas em nós. Uma linha de expressão ao redor dos olhos pode parecer 'o fim' em um primeiro momento, mas sei que nela estão contidas histórias que um livro todo não poderia contar. O tempo muda nosso corpo, nosso rosto, nosso jeito de ver a vida. E no final das contas de que importa um quilinho a mais ou uma ruguinha nova se minha alma está mais em forma do que nunca!"

(Fernanda Gaona)

terça-feira, 26 de junho de 2012

E a violência nas escolas agora é culpa… da escola! Que FANTÁS TICO!!!


Pois é, neste programa de “variedades” tão tradicional na televisão brasileira, há décadas tratando assunto sério como “show”, vemos mais uma inversão nas verdades sobre educação.

E, mais uma vez vamos, subliminarmente, incutindo na percepção do brasileiro que a escola é culpada por tudo.

Agora, até mesmo pela violência que acontece dentro da escola.

“Um aluno entrou em conflito com outro: paro a aula, porque mais importante que a aula, é o processo educacional”, diz a professora entrevistada (3’40”).

Concordo. Mas… depois virão nos cobrar porque não aprenderam o MMC, seno, cosseno, rochas metamórficas, orações subordinadas adverbiais, a história afro-brasileira, a classificação dos animais…

Ora, nesta meritocracia medíocre que os grandes gestores da educação do Brasil estão implantando, não há espaço para o social, para a violência, para a resolução de conflitos.

Professor bom – e merecedor dos “bônus” – é aquele que consegue fazer com que os alunos tirem as tais “notas boas” nas provas. E as provas não provam nada da nossa relação com violência e a paz, como eu já disse algumas vezes por aqui.

Voltando ao programa, segundo o “especialista” e “pesquisador” (já perceberam que tem sempre um especialista e pesquisador pra falar mal da escola, dando legitimidade às especulações?) a violência dentro da escola depende de como a escola encara a violência:

“A violência na escola não está atrelada, necessariamente, à questão social. Está mais relacionada, os estudos mostram, à condição de organização do espaço escolar e da gestão deste espaço do que às condições sociais ou do próprio entorno deste espaço”, diz o pesquisador (5’25”).

Percebo que ele entende como “questão social” somente se o aluno é rico ou pobre, excluindo desta “questão” a cultura, a televisão, as gangs, o preconceito, a corrupção, as bebidas, os pais, o estresse do dia a dia, a violência do trânsito e todas as outras possíveis “questões” que influenciam uma pessoa, independente se esta tem ou não dinheiro.

Então, meus amigos, segundo a reportagem a violência NÃO É fruto…

da violência gratuita que entra nas casas deles via televisão – também vindo da própria emissora, por exemplo, através de novelas, de programas como UFC ou jornais onde a violência é o mote – tudo tão bem trabalhado para ganhar audiência e lucros;
da violência social a que os alunos estão acometidos todos os dias;
da violência ou sentimento de violência que a corrupção e impunidade generalizada nos invade;
da violência que as favelas – onde grande parte mora, ao menos no Rio – é acometida todos os dias, tanto por parte do tráfico quanto do governo (da polícia);
da violência que sofrem DENTRO DE CASA, da família;
por fim, da cultura de violência que nossa sociedade tanto admira, persegue e cultiva.
Não, meus amigos, a violência nas escolas, segundo a emissora e seus especialistas, é culpa da própria escola!

Pois eu, que tenho olhos inversos de ver ao contrário, percebo diferente: as escolas onde a violência não é parte do cotidiano são justamente aquelas que conseguiram, através de um trabalho seja lá qual for, vencer a violência que a SOCIEDADE, como mostro acima, enfia de forma violenta ou graciosa na cabeça das crianças.

Não, não tiro a importância da atuação da escola, mas a violência não É da escola, mas TAMBÉM ESTÁ dentro da escola.

Então, a culpa de NÃO HAVER violência dentro de determinada escola, esta sim, é daquela escola.

Mas a culpa de HAVER violência na escola, é de toda a sociedade e, especialmente, DA TELEVISÃO, que traduz violência em cultura.

Faz uma grande diferença observar este pequeno detalhe, malandramente “esquecido” por todos.


Fonte:http://diariodoprofessor.com

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Livro: História Social da Criança e da Família - Philippe Ariès.



Um livro que trata a trajetória da infância, além da maneira como a criança, foi ganhando seu espaço no contexto social. Vale a pena ser lido, por todos os profissionais da area da educação, inclusive por aqueles que pretendem seguir com seus estudos na area.

"História Social da Criança e da Família"
Philippe Ariès - Segunda Edição.

"Eu te amo" é clichê.



Costumamos dizer, mais por mania que por entendimento do que possa significar, que mais vale um ato que mil palavras. Lembremos: dizer também é um ato. Com palavras e tão somente, Deus fez o mundo. Agir é excelente, lutar por quem ama, etc. Porém, as vezes quem nos ama, ou quem precisa, mesmo quem não merece apenas precisa ouvir uma boa palavra. Dizer "Eu te amo" é muito gasto, sei que parece clichê, todavia é só o que muita gente precisa ouvir para ter o seu dia melhor, para desistir talvez até de um suicídio.

Claro, claro, o objetivo, naturalmente, é fazer o outro feliz. Não diga que ama, não diga que gosta para ganhar uma “moralzinha”. Não, aí você não estará indo por um bom caminho.

Certa vez, neste ano de 2011, no estágio, numa turma de 1º ano ( antigo C.A) um menino com dificuldade no aprendizado e com 2 anos de atraso de repente me disse:

_ Nenhum pai presta!

Ao que me dispus a indagar:

_ Quem te disso isso?

Aluno: _ Minha mãe!


Abaixei-me para ficar de igual para igual com ele e perguntei tentando fazer com que ele entrasse em conflito com este pensamento que a mãe lhe passou. Com isto não era a minha intenção menosprezar algo ocorrido, aliás, para a mãe ter dito aquilo, provavelmente alguma coisa deve de ter acontecido:


Eu:_ Você vai ser pai um dia?- ele consentiu- então você não vai prestar? Eu também quero ser pai e eu não vou prestar?

O menino me respondeu com sorriso de criança e, devido ao grupo social que nasceu me disse:

_ É nós! É mesmo tio!

Eu apenas o corrigi, em tom de brincadeira, dizendo que o certo era dizer 'Somos nós" ao invés "É nós".



Fiquei pensando nisso por dias e dias. Para mim, guardar isso já me bastava. Fiquei na esperança, sabendo que meu estágio uma hora iria acabar e que talvez eu nunca mais tivesse notícias do menino, sim, mas esperança é de que isso cause mudança na maneira dele pensar.

Mas não foi apenas isso, para a minha surpresa, a mãe me procurou emocionada me dizendo que tinha errado em ter falado isso. A mãe me disse que um dia, ela esbravejou mais uma vez que "nenhum homem presta", "que o pai do menino num presta", "que nenhum pai presta", pois além de ter tido um pai que alcoolizado que a espancava na infância, teve de igual modo um marido que assim fazia e que, ao divorciar-se, sumiu deixando-a sem mesmo uma ajuda de custo, nada.

Neste dia em que, mais uma vez repetia essas frases, o menino a interrompeu com autoridade, nervoso e gritou:

_ Mas eu vou ser pai e vou prestar!


Com apenas 8 anos de idade seu pai lhe faltava, desde ainda menor não mais o vira e ainda tinha sempre que ouvir isto? Deve ser pesado para uma criança!

Não é a toa que Paulo Freire bate tanto na tecla do diálogo. Dizer também é um ato!


Fonte:presoporfora.blogspot.com.br

Educação Humanista ou Programação de Robôs?



Com quase 50 milhões de pessoas com analfabetismo, entre eles analfabetos e analfabetos funcionais, mais a grande parte de jovens que sequer iniciaram ou não concluíram o ensino médio, somado ainda ao modelo de educação retrógrado, largado e sucateado a décadas, sem grandes investimentos ou investimentos necessários ao desenvolvimento da criança e do adolescente: sim, a falta de perspectiva e a ociosidade estarão na pauta do cotidiano. Uma educação voltada ao desenvolvimento das capacidades humanas e valores humanos trará o prazer pelo trabalho e, portanto através deste prazer pelo trabalho a tão discutida inserção social no Brasil.

A visão da tendência pedagógica tecnicista, visão que trás a impressão de que o educando é apenas mais uma peça na grande engrenagem econômica e social, de que o cidadão deve dar tudo de si para a pátria e estar satisfeito de a pátria nada corresponder à ele, deveras que é um fator fundamental na causa do empobrecimento do Cidadão como cidadão (Seja este Criança, Adolescente, Jovem ou Adulto), da sua humanidade e empobrecimento também de sua consciência de coletividade.

No entanto, uma educação trabalhada de acordo com os contextos sociais de cada jovem, onde a arte é componente de igual importância, lado a lado e entrelaçada as demais disciplinas, tendo ainda como essencial os valores da liberdade humana e o prazer de cada humano criar, produzir, reproduzir e desenvolver com suas próprias capacidades, sim, surge o prazer pelo trabalho, estabelece-se gradativamente no aluno o entendimento do valor de cada função das atividades de uma sociedade em movimento. A vida social começará a fazer sentido.

Devo enfatizar que quando digo arte como importante e entrelaçada em todas as disciplinas, não digo apenas da música, artes plásticas, da dança e o tudo mais. Quando um estudante, movido por uma explosão de curiosidade procura informações e mais informações e consegue a partir daí, do encontro com as informações a respeito de qualquer disciplina, a dar hipóteses, a brincar com as informações e montarem suas pequenas teses, claro, cada um de acordo com sua idade, mas quero dizer que tudo isso é arte. Nesta loucura do conhecer, após do conhecimento satisfatório da informação que o estudante procurava, ele poderá brincar e manusear estas informações das mais diversas maneiras. Isto é a culminância, é o “colocar em prática” de alguma forma o que conheceu.

Um exemplo pode ser uma criança que aprendeu “Adição e Subtração” e quando na saída do mercado conta o dinheiro e compara com o preço dos produtos que comprou, percebe que falta troco e explica isso ao caixa do mercado. Sim, isso é uma explosão, isso é a produção, trabalho, manuseio, manipulação a partir do que se conheceu e, todo manuseio benéfico do que se conheceu: é a mais pura arte! É provável que um cientista sinta-se assim.

É dever de todo professor instigar seus alunos a serem detetives, a provocar nos alunos uma curiosidade compulsiva, a ponto de questionarem o próprio professor. Quando o professor começar a ser questionado, então ele pode se certificar de que está cumprindo sua missão. A curiosidade pode ter matado o gato, mas fez a humanidade galgar patamares bem altos e a fazer descobertas sublimes: não somos reles animais como um gato!

Desta forma, que não é um modelo fixo, pois com novas descobertas das ciências da educação sempre haverá o que se agregar aos antigos conceitos, ou até mesmo destruir antigos conceitos, crianças e adolescentes terão incutidos tanto o valor de si como seres individuais e suas importâncias, quanto também a consciência de que não somos meras peças da máquina social que funciona para enriquecer os ricos e dar esmolas aos pobres, porém a consciência de que somos organismos vivos e pulsantes que com a prática da liberdade, uma sociedade que se faz com cooperação em detrimento da competição, com solidariedade, respeito e cuidado dos seres para como todos os seres, pois todos são sumamente necessários para a vida desta grande Roma tropical, isto é, o Brasil nas palavras de Darcy Ribeiro, e necessários para a grande casa Terra.

A educação é sim para o trabalho, mas para o prazer e consciência da necessidade e do papel dele para cada ser humano e, portanto, a grande forma de inserção social. No mais, fica a máxima de Paulo Freire:

“Ninguém liberta ninguém, ninguém se liberta sozinho: todos libertam-se em comunhão!”.

Créditos:Lucas Gonzaga

sexta-feira, 18 de maio de 2012

A Importância da Leitura. "A melhor forma de obter conhecimento é cercar-se de bons livros".

As tecnologias do mundo moderno fizeram com que as pessoas deixassem a leitura de livros de lado, o que resultou em jovens cada vez mais desinteressados pelos livros, possuindo vocabulários cada vez mais pobres.

A leitura é algo crucial para a aprendizagem do ser humano, pois é através dela que podemos enriquecer nosso vocabulário, obter conhecimento, dinamizar o raciocínio e a interpretação. Muitas pessoas dizem não ter paciência para ler um livro, no entanto isso acontece por falta de hábito, pois se a leitura fosse um hábito as pessoas saberiam apreciar uma boa obra literária, por exemplo.

Muitas coisas que aprendemos na escola são esquecidas com o tempo, pois não as praticamos. Através da leitura rotineira, tais conhecimentos se fixariam de forma a não serem esquecidos posteriormente. Dúvidas que temos ao escrever poderiam ser sanadas pelo hábito de ler; e talvez nem as teríamos, pois a leitura torna nosso conhecimento mais amplo e diversificado.

Durante a leitura descobrimos um mundo novo, cheio de coisas desconhecidas. O hábito de ler deve ser estimulado na infância, para que o indivíduo aprenda desde pequeno que ler é algo importante e prazeroso, assim ele será um adulto culto, dinâmico e perspicaz. Saber ler e compreender o que os outros dizem nos difere dos animais irracionais, pois comer, beber e dormir até eles sabem; é a leitura, no entanto, que proporciona a capacidade de interpretação. Toda escola, particular ou pública, deve fornecer uma educação de qualidade incentivando a leitura, pois dessa forma a população se torna mais informada e crítica.

Créditos: Eliene Percilia.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Parabéns!!! Aos Desbravadores pela linda contribuição ao nosso planeta terra.

Preconceito se combate na escola.

17 de maio Dia Internacional de Combate à Homofobia. A CNTE defende a criação de leis que reprimam e punam o comportamento homofóbico. Para tanto, a Confederação e outras entidades da sociedade civil esperam ver aprovado o Projeto de Lei da Câmara n° 122, que criminaliza a homofobia. E entende que a escola e os profissionais da educação também têm o papel fundamental de quebrar preconceitos desde cedo, discutindo as diferenças e o respeito à diversidade. O combate ao preconceito tem que começar nas escolas.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Sonhar é preciso.

E por falar em voo, o vídeo abaixo mostra um exemplo de superação. Um serzinho sem asas que nunca desistiu dos seus sonhos, venceu o medo do medo e voou.

A beleza de sonhar.

"Os sonhos mais belos, são aqueles que sonhamos com Deus".

"Alguns sonhos são belos, outros poéticos; uns realizáveis, outros difíceis de serem concretizados; uns envolvem uma pessoa, outros, a sociedade; uns possuem rotas claras, outros, curvas imprevisíveis; uns são rapidamente produzidos, outros precisam de anos de maturação.

Há muitos tipos de sonhos. Sonho de se apaixonar por alguém, de gerar filhos ou conquistar amigos. Sonho de tirar um curso, ter uma empresa, ter sucesso financeiro para si e para ajudar os outros. Sonho de ter saúde física e psíquica, de ter paz interior e de viver intensamente cada momento da vida. Sonho de ser um cientista, um médico, um educador, um empresário, um empreendedor, um profissional que faça a diferença. Sonho de viajar pelo mundo, de pintar quadros, escrever um livro, ser útil ao próximo. Sonho de aprender a tocar um instrumento, praticar desportos, bater recordes. Muitos enterram os seus sonhos nos escombros dos seus problemas (Freud, 1969). Alguns soldados nunca mais foram motivados para a vida depois de verem os seus colegas morrerem em combate. Alguns oradores nunca mais recuperaram a sua segurança depois de terem um ataque de pânico em público. Alguns desportistas não conseguiram repetir a sua performance depois de fazerem uma cirurgia corretiva ou serem apanhados no controle antidoping...
... Alguns jornalistas enterraram a sua criatividade depois de serem cerceados pelos seus superiores. Alguns jovens bloquearam a sua inteligência depois de terem um péssimo desempenho em provas e concursos. Pessoas encantadoras bloquearam os seus sonhos ao longo da vida. Mas precisamos de os desenterrar, superando os nossos traumas, conflitos, focos de tensão. Os nossos sonhos precisam de respirar novamente. O presidente Franklin Roosevelt disse que a única coisa a temer é o medo do medo. É preciso vencer o medo evidente e principalmente o medo sutil, o medo do medo, para fazer os sonhos levantarem voo.

Créditos: "Nunca Desista dos Seus Sonhos" Augusto Cury - Editora Pergaminho.

Rio + 20

Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável. 20-22 de junho, Rio de Janeiro, Brasil.
A Conferência:

Garantir o compromisso político internacional para o desenvolvimento sustentável. Este é o principal objetivo da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que será realizada na cidade do Rio de Janeiro em junho de 2012.

Também chamado de Rio+20, o encontro marca o vigésimo aniversário da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, que ocorreu na capital carioca em 1992, e os dez anos da Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável, realizada em Joanesburgo (África do Sul) em 2002.

Baseada em três pilares – econômico, social e ambiental –, a Rio+20 tratará basicamente de dois temas: a ‘economia verde’ no contexto da erradicação da pobreza e a estrutura de governança para o desenvolvimento sustentável no âmbito das Nações Unidas.

Espera-se uma conferência do mais alto nível possível, com a participação de chefes de Estado, de Governo e de representantes de mais de 150 países. O resultado deve ser um documento com foco político. A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável está sendo organizada em conformidade com a Resolução 64/236 da

Assembleia Geral da ONU, de março de 2010. E, além de renovar o compromisso mundial em torno da sustentabilidade, o evento será uma oportunidade de avaliar o progresso alcançado nos últimos 20 anos, as lacunas ainda existentes na implementação dos acordos internacionais e os desafios novos e emergentes.

Fonte:http://www.blogger.com

quarta-feira, 9 de maio de 2012

"Aqui você é o palhaço".

Artigo escrito pelo professor Gismair Teixeira, o qual também foi publicado em O Popular. Um texto no qual, nosso intelectual professor busca respaldo na teoria bakthiniana para reforçar seus argumentos com relação a eleição do palhaço Tiririca.

Mikhail Bakhtin e Tiririca. Um dos maiores gênios da literatura universal é sem dúvida alguma Fiodor Dostoiévski. Nos campos da análise literária e linguística, o seu conterrâneo Mikhail Bakhtin rivaliza com ele em importância, sendo considerado um dos maiores teóricos do século 20. Uma de suas obras mais conhecidas no Brasil é Os problemas da poética de Dostoiévski. Nesta peça ensaística sobre a produção de Dostoiévski, Bakhtin retoma os seus apontamentos de pós-graduação sobre a estética de Rabelais, quando abordou o processo de carnavalização no contexto medieval e sua expressão no campo literário.

O crítico russo trata o tema sob uma perspectiva cultural privilegiada. Segundo ele, as festas de carnaval permitem uma subversão na hierarquia dos estratos sociais, quando as classes que compõem a base da pirâmide social podem ridicularizar as que estão acima, despertando humor e não revolta nos elementos dominantes.
Em outras palavras, é uma trégua na guerra de classes a que se refere Karl Marx em seus escritos. Nesta linha, ficaram famosos personagens como o pícaro e o bobo da corte, sendo conferido a este último o direito de dizer verdades para o rei que levariam ao degredo ou à forca qualquer outra pessoa. A política brasileira, em seu ainda recente período de democracia plena, tem se revelado um terreno fértil de aplicação dos pressupostos de Bakhtin.

A consagração nas urnas de artistas em declínio, jogadores de futebol em fim de carreira e outras personagens exóticas é um dado que configura esta extensão. Neste particular, o imbróglio da eleição do comediante e ex-palhaço Tiririca no último pleito é o mais recente e emblemático caso.
Desde o mote de campanha do candidato, algo como “Vote em Tiririca, pior do que tá não fica”, até a sua expressiva votação e ainda as canhestras disputas judiciais em torno da legitimidade de sua eleição por conta de seu suposto analfabetismo, tudo conduz à teoria bakhtiniana da carnavalização como instância de afrouxamento dos rigores que normalmente imperam numa sociedade organizada.
Não deixa de ser picaresco em alguns aspectos os dados jurídicos apresentados no processo do comediante que tem na palavra “abestado” um bordão artístico.
Segundo noticiou a imprensa, testemunhas afirmaram que Tiririca leu e compreendeu 30% daquilo que lhe foi apresentado. Como se pode mensurar a percentagem exata num caso destes é algo que ainda precisa de uma explicação convincente. Ao referir-se à carnavalização, Bakhtin fazia referência àquele período de festas mascaradas que dura cerca de uma semana, quando tudo é permitido. Na política, são quatro anos. É temerário, para dizer o mínimo.

Créditos:GISMAIR MARTINS TEIXEIRA – Mestre em Literatura pela UFG e professor.

terça-feira, 8 de maio de 2012

A importância do ato de cantar para o desenvolvimento integral da criança.


O uso da música na educação, ajuda na concentração das crianças a desenvolver a criatividade, despertar novos estímulos, desencadeando o gosto de contar. desta forma criasse oportunidade de apropriar-se do processo ensino/ aprendizagem, a partir desta preocupação busca-se realizar um estudo capaz de entender a sua aplicabilidade em sala de aula.

Com este intuito, desenvolver atividades que envolvam a música e o canto na sala de aula, constitui um recurso capaz de auxiliar e promover uma melhor aprendizagem por parte de todos, contribuindo para um melhor desenvolvimento, inovando a práxis do professor.

O que se observa na literatura pertinente ao assunto condiz com a realidade das salas de aula, ou seja, é possível utilizar o canto e a música como situações de estímulos para os alunos, e assim permitir uma melhor qualidade na educação. favorecer o processo de ensino/aprendizagem, a partir da música, é contribuir com o desenvolvimento integral do aluno, ampliando o seu processo de criação e interação, criando para elas novas maneiras de resolver conflitos e emoções, a partir do uso da música e do canto.

É a partir de experiências musicais que se poderá desenvolver o pensamento lógico do auno, favorecendo a organização de conceitos e de regras, pois quanto mais ela tem contato e oportunidade de conhecer a música em toda a sua essência, mais poderá sentir as emoções e as sensações obtidas através desta.

O canto e a música, no contexto escolar, vêm contribuir e atender a diversos objetivos ao longo de sua construção histórica, permitindo sempre uma melhor aquisição da linguagem por parte dos alunos, bem contribuindo para melhora a leitura, intepretação de texto. o trabalho pedagógico através da música deve considerar, portanto, que é um meio de expressão e forma de conhecimento acessível a alunos de todas as idades, inclusive as que apresentam dificuldade intelectual. a linguagem musical é excelente meio para o desenvolvimento da expressão, do equilíbrio, da autoestima e autoconhecimento, além de poderoso meio de integração social. (goleman, kaufman e ray, 2001).

A contribuição da música e o canto auxiliam na resolução de conflitos e problemas dos alunos, aflorando as emoções e trazendo à tona novos processos de ensino/aprendizagem, que auxiliarão na percepção interna e externa de todos os alunos, já que a música é capaz de transmitir novas situações que facilitarão o contato dos alunos com o objeto do conhecimento.

como afirma: gainza, (1988, p. 88). a influência e o poder que caracterizam a música como coadjuvante do desenvolvimento integral do ser humano aparecerá especialmente destacado no caso dos indivíduos que apresentam deficiências ou problemas físicos, afetivos, mentais ou de integração social.

É preciso considerar algumas questões quando se pensa no processo ensino/ aprendizagem, pois o contar da criança com a expressão musical, pois através do canto se expressar suas ideias, seus medos, suas emoções, seus pontos de vista, é de suma importância para um desenvolvimento saudável e condizente com os seus anseios e da sua família.

Aprender com a música, cantando e entendendo sua mensagem, significa integrar as experiências da criança com o objetivo maior da escola, ou seja, a percepção e a reflexão, passando de níveis mais simples para níveis cada vez mais elaborados do conhecimento.

A partir de experiências musicais, o pensamento da criança vai se organizando. e quanto mais ela tem oportunidade de comparar as ações executadas e as sensações obtidas através da música, mais a sua inteligência, o seu conhecimento vai se desenvolvendo. (weigel, 1988; p.14).

o uso do canto e da música na escola possibilita que o aluno desenvolva e amplie seu pensamento, contribuindo para uma aprendizagem cada vez mais voltada para os interesses da sociedade. permitindo assim uma educação de melhor qualidade, observando sempre os aspectos ou elementos de cada uma das músicas a ser utilizada na sala de aula.

O canto corresponde a um aspecto humano específico, ou seja, a capacidade que o ser humano tem de ouvir ou de cantar a partir da audição da música, mobilizando os mais variados aspectos desta, tais como o ritmo, melodia, som, estimula, afetividade, compreensão, solidariedade, respeito e a ordem.

No entanto o canto na escola serve como ativador de células do cérebro; possibilitando uma melhor combinação, entre os mais variados elementos da música, que precisa ser observada e apresentada pelo professor a partir dos objetivos traçados por ele, pois assim a música constituirá como um instrumento de harmonização da sala e de facilitador do ensino/aprendizagem do aluno.

Desta forma, os mesmos sons, ritmos, das músicas podem causar sensações diferentes nos alunos. pois cada um sente e canta de acordo com as suas origens, os seus desejos, a sua sensibilidade, é o momento especial para o professor escolher sempre músicas diferentes, permitindo assim atender e atingir a todos os alunos, pois “a música tem uma força muito grande sobre a mente humana; sutilmente ela é capaz de induzir sentimentos às pessoas, principalmente quando escutamos um volume mais alto que o normal [...]” (straliotto, 2001, p. 89).

Para concluir, quando observamos a música e o canto na educação, o que se percebe é que esta tem a facilidade de percorrer os mais variados caminhos, promovendo a assimilação e o entendimento sobre os mais variados temas, pois a partir da música consegue-se apresentar aos alunos temas e conceitos que, sem este recurso não seria fácil desenvolver.

O canto e a música, quando empregadas numa perspectiva de ensinamentos e de fator para modificar o espaço de aprender da escola, contribuirão em muito com trabalho do professor, penetrando no mundo da criança com mais facilidade, rompendo as barreiras, abrindo novos canais de expressão e comunicação, permitindo, através de suas práxis e de suas estruturas internas, modificações significativas no desenvolvimento da criança.

Desta forma, o cantar e ouvir música, independente do tipo e do gênero, favorece o desenvolvimento dos sentidos da criança como um todo, auxiliando no cuidado auditivo, na percepção visual, no movimento corporal e também permitindo a sensibilização e a emoção através das atividades.


Fonte:http://comoseaprende.bligoo.com.br

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Professor, você sabe o que é PPP?

PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO: UMA PERSPECTIVA DE IDENTIDADE NO EXERCÍCIO DA AUTONOMIA

José Luís Salmaso Professor do CEFET-SP Raquel Maria Bortone Fermi Professora da Rede Municipal de São Paulo – SP Os inúmeros problemas educacionais e o verdadeiro papel da educação formal são motivos de ampla discussão na sociedade hodierna. Urge empreender um esforço coletivo para vencer as barreiras e entraves que inviabilizam a construção de uma escola pública que eduque de fato para o exercício pleno da cidadania e seja instrumento real de transformação social, espaço em que se aprenda a aprender, a conviver e a ser com e para os outros, contrapondo-se ao atual modelo gerador de desigualdades e exclusão social que impera nas políticas educacionais de inspiração neoliberal.
Este artigo pretende mostrar como a construção de um projeto político-pedagógico pode contribuir para estabelecer novos paradigmas de gestão e de práticas pedagógicas que levem a instituição escolar a transgredir a chamada "educação tradicional", cujo conteudismo de inspiração positivista está longe de corresponder às necessidades e aos anseios de todos os que participam do cotidiano escolar.

Introdução:

A sociedade contemporânea tem passado por expressivas transformações de caráter social, político e econômico. Essas transformações originam-se nos pressupostos neoliberais e na globalização da economia que têm norteado as políticas governamentais.

Nesse contexto, surgem alguns questionamentos junto aos educadores e demais agentes escolares: Qual o papel social da escola? Qual a melhor forma de organização do trabalho pedagógico?

Afinal, Qual é o Papel Social da Escola?

A escola é responsável pela promoção do desenvolvimento do cidadão, no sentido pleno da palavra. Então, cabe a ela definir-se pelo tipo de cidadão que deseja formar, de acordo com a sua visão de sociedade. Cabe-lhe também a incumbência de definir as mudanças que julga necessário fazer nessa sociedade, através das mãos do cidadão que irá formar.

Quando a Escola se Define e Atua por um Conceito de Sociedade Democrática, Plural e Justa?

Definida a sua postura, a escola vai trabalhar no sentido de formar cidadãos conscientes, capazes de compreender e criticar a realidade, atuando na busca da superação das desigualdades e do respeito ao ser humano.

Quando a escola assume a responsabilidade de atuar na transformação e na busca do desenvolvimento social, seus agentes devem empenhar-se na elaboração de uma proposta para a realização desse objetivo. Essa proposta ganha força na construção de um projeto político-pedagógico.

Projeto Político-Pedagógico: Para Que Serve e a Quem Serve?

Um projeto político - pedagógico ultrapassa a mera elaboração de planos, que só se prestam a cumprir exigências burocráticas:

"O projeto político-pedagógico busca um rumo, uma direção. É uma ação intencional, com um sentido explícito, com um compromisso definido coletivamente. Por isso, todo projeto pedagógico da escola é, também, um projeto político por estar intimamente articulado ao compromisso sócio - político e com os interesses reais e coletivos da população majoritária.

(...) Na dimensão pedagógica reside a possibilidade da efetivação da intencionalidade da escola, que é a formação do cidadão participativo, responsável, compromissado, crítico e criativo. Pedagógico, no sentido de se definir as ações educativas e as características necessárias às escolas de cumprirem seus propósitos e sua intencionalidade." (Veiga, 1995)

O projeto político-pedagógico é o fruto da interação entre os objetivos e prioridades estabelecidas pela coletividade, que estabelece, através da reflexão, as ações necessárias à construção de uma nova realidade. É, antes de tudo, um trabalho que exige comprometimento de todos os envolvidos no processo educativo: professores, equipe técnica, alunos, seus pais e a comunidade como um todo.

Essa prática de construção de um projeto, deve estar amparada por concepções teóricas sólidas e supõe o aperfeiçoamento e a formação de seus agentes. Só assim serão rompidas as resistências em relação a novas práticas educativas. Os agentes educativos devem sentir-se atraídos por essa proposta, pois só assim terão uma postura comprometida e responsável. Trata-se, portanto, da conquista coletiva de um espaço para o exercício da autonomia.

Que Autonomia É Essa?

Chegamos ao ponto crucial dessa discussão: O que realmente significa autonomia na escola e para a escola?

Para que a escola seja realmente um espaço democrático e não se limite a reproduzir a realidade sócio-econômica em que está inserida, cumprindo ordens e normas a ela impostas por órgãos centrais da educação, deve-se criar um espaço para a participação e reflexão coletiva sobre o seu papel junto à comunidade:

"Assim, torna-se importante reforçar a compreensão cada vez mais ampliada de projeto educativo como instrumento de autonomia e domínio do trabalho docente pelos profissionais da educação, com vistas à alteração de uma prática conservadora vigente no sistema público de ensino. É essa concepção de projeto político-pedagógico como espaço conquistado que deve constituir o elemento diferencial para o aparente consenso sobre as atuais formas de orientação da prática pedagógica." ( Pinheiro, 1998)

Essa é a necessidade de conquistar a autonomia, para estabelecer uma identidade própria da escola, na superação dos problemas da comunidade a que pertence e conhece bem, mais do que o próprio sistema de ensino.

Essa autonomia, porém, não deve ser confundida com apologia a um trabalho isolado, marcado por uma liberdade ilimitada, que transforme a escola numa ilha de procedimentos sem fundamentação nas considerações legais de todo o sistema de ensino, perdendo, assim, a perspectiva da sociedade como um todo.

Deve-se, portanto, estar atento ao perigo do descaso político, que confunde autonomia com descompromisso do poder público, dando margem a este de eximir-se de suas obrigações.

A autonomia implica também responsabilidade e também comprometimento com as instituições que representam a comunidade (conselhos de escola, associações de pais e mestres, grêmios estudantis, entre outras), para que haja participação e compromisso de todos.

Concluindo as reflexões, acreditamos que é este o papel social da escola, atuando frente às profundas desigualdades sócio-econômicas, que excluem da escola uma parcela da população, marginalizada pelas concepções e práticas de caráter conservador, inspiradas no neoliberalismo.

Devemos nos mobilizar pela garantia do acesso e da permanência do aluno na escola. Não basta esperar por soluções que venham verticalmente dos sistemas educacionais. Urge criar propostas que resultem de fato na construção de uma escola democrática e com qualidade social, fazendo com que os órgãos dirigentes do sistema educacional, possam reconhecê-la como prioritária e criem dispositivos legais que sejam coerentes e justos, disponibilizando os recursos necessários à realização dos projetos em cada escola.

Do contrário, a escola não estará efetivamente cumprindo o seu papel, socializando o conhecimento e investindo na qualidade do ensino. A escola tem um papel bem mais amplo do que passar conteúdos. Porém, deve modificar a sua própria prática, muitas vezes fragmentada e individualista, reflexo da divisão social em que está inserida.


Referências Bibliográficas GADOTTI, Moacir, ROMÃO, José E. (orgs.). Autonomia da Escola: Princípios e Propostas. São Paulo: Cortez, 1997. PIMENTA, Selma Garrido. A Construção do Projeto Pedagógico na Escola de 1o. Grau. In: Série Idéias nº8. São Paulo: FDE/ Governo do Estado de São Paulo, 1992. RESENDE, Lúcia Maria Gonçalves de.; VEIGA, Ilma Passos A .( orgs.). Escola: espaço do Projeto Político-Pedagógico. Campinas: Papirus, 1998. RIOS, Terezinha A. Significados e Pressupostos do projeto pedagógico. In: Série Idéias nº 15, São Paulo: FDE, 1993. SAVIANI, Demerval. Escola e Democracia: Polêmicas do nosso tempo. Campinas: Autores Associados, 1994. VEIGA, Ilma Passos A. (org.). Projeto político-pedagógico da escola. Campinas: Papirus, 1995.

Fonte: http://eticaeducacao1.blogspot.com.br/

terça-feira, 1 de maio de 2012

1º de Maio – Dia da Literatura Brasileira.

Em 1º de maio comemora-se o Dia da Literatura Brasileira. A data é uma homenagem ao aniversário de José de Alencar, um dos maiores escritores da literatura brasileira, nascido em 1829 e autor de obras que marcaram época como Iracema e O Guarani. A Literatura Brasileira surgiu a partir da atividade literária incentivada pelos jesuítas após o descobrimento do Brasil durante o século XVI. Bastante ligada, de princípio, à literatura metropolitana, ela foi ganhando independência com o tempo, iniciando o processo durante o século XIX com os movimentos romântico e realista e atingido o ápice com a Semana de Arte Moderna em 1922, caracterizando-se pelo rompimento definitivo com as literaturas de outros países, formando-se, portanto, a partir do Modernismo e suas gerações as primeiras escolas de escritores verdadeiramente independentes. São dessa época grandes nomes como Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade, João Guimarães Rosa, Clarice Lispector e Cecília Meireles. A literatura produzida no Brasil possui papel de destaque na esfera cultural do país: todos os principais jornais do país dedicam grande parte de seus cadernos culturais à análise e crítica literária, assim como o ensino da disciplina é obrigatório no Ensino Médio. Fonte: Wikipédia / Gazeta do Povo.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

O Silêncio.


Nós os índios, conhecemos o silêncio.
Não temos medo dele.
Na verdade, para nós ele é mais poderoso do que as palavras.

Nossos ancestrais foram educados nas maneiras do silêncio e eles
nos transmitiram esse conhecimento.

"Observa, escuta, e logo atua", nos diziam.

Esta é a maneira correta de viver.

Observa os animais para ver como cuidam se seus filhotes.

Observa os anciões para ver como se comportam.

Observa o homem branco para ver o que querem.

Sempre observa primeiro, com o coração e a mente quietos, e então aprenderás.

Quanto tiveres observado o suficiente, então poderás atuar.

Com vocês, brancos, é ao contrário.

Vocês aprendem falando.

Dão prêmios às crianças que falam mais na escola.

Em suas festas, todos tratam de falar.

No trabalho estão sempre tendo reuniões nas quais todos interrompem a todos, e todos falam cinco, dez, cem vezes.

E chamam isso de "resolver um problema".

Quando estão numa habitação e há silêncio, ficam nervosos.

Precisam preencher o espaço com sons.

Então, falam compulsivamente, mesmo antes de saber o que vão dizer.

Vocês gostam de discutir.

Nem sequer permitem que o outro termine uma frase.

Sempre interrompem.

Para nós isso é muito desrespeitoso e muito estúpido, inclusive.

Se começas a falar, eu não vou te interromper.

Te escutarei.

Talvez deixe de escutá-lo se não gostar do que estás dizendo.

Mas não vou interromper-te.

Quando terminares, tomarei minha decisão sobre o que disseste, mas não te direi se não estou de acordo, a menos que seja importante.

Do contrário, simplesmente ficarei calado e me afastarei.

Terás dito o que preciso saber.

Não há mais nada a dizer.

Mas isso não é suficiente para a maioria de vocês.

Deveríamos pensar nas suas palavras como se fossem sementes.

Deveriam plantá-las, e permiti-las crescer em silêncio.

Nossos ancestrais nos ensinaram que a terra está sempre nos falando, e que devemos ficar em silêncio para escutá-la.

Existem muitas vozes além das nossas.

Muitas vozes.

Só vamos escutá-las em silêncio.

Créditos:Kent Nerburn
Texto traduzido por Leela,
"Neither Wolf nor Dog.
On Forgotten Roads with an Indian Elder

quarta-feira, 18 de abril de 2012

O que acontece quando você fica elogiando a inteligência de uma criança.


Gabriel é um menino esperto.
Cresceu ouvindo isso.

Andou, leu e escreveu cedo.

Vai bem nos esportes.

É popular na escola e as provas confirmam, numericamente e por escrito, sua capacidade.

“Esse menino é inteligente demais”, repetem orgulhosos os pais, parentes e professores. “Tudo é fácil pra esse malandrinho”.

Porém, ao contrário do que poderíamos esperar, essa consciência da própria inteligência não tem ajudado muito o Gabriel nas lições de casa.

- “Ah, eu não sou bom para soletrar, vou fazer o próximo exercício”.

Rapidamente Gabriel está aprendendo a dividir o mundo em coisas em que ele é bom, e coisas em que ele não é bom.

A estratégia (esperta, obviamente) é a base do comportamento humano: buscar prazer e evitar a dor. No caso, evitar e desmerecer as tarefas em que não é um sucesso e colocar toda a energia naquelas que já domina com facilidade.

Mas, como infelizmente a lição de casa precisa ser feita por inteiro, inclusive a soletração, de repente a auto-estima do pequeno Gabriel faz um… crack.

Acreditar cegamente na sua inteligência à prova de balas, provocou um efeito colateral inesperado: uma desconfiança de suas reais habilidades.

Inconscientemente ele se assusta com a possibilidade de ser uma fraude, e para protegê-lo dessa conclusão precipitada, seu cérebro cria uma medida evasiva de emergência: coloca o rótulo dourado no colo, subestima a importância do esforço e superestima a necessidade de ajuda dos pais.

A imagem do “Gabriel que faz tudo com facilidade” , a do “Gabriel inteligente” (misturada com carinho), precisa ser protegida de qualquer maneira.

Gabriel não está sozinho. São muitos os prodígios, vítimas de suas próprias habilidades de infância e dos bem intencionados e sinceros elogios dos adultos.

Nos últimos 10 anos foram publicados diversos estudos sobre os efeitos de elogios em crianças.

Um teste, realizado nos Estados Unidos com mais de 400 crianças da quinta série (Carol S. Dweck / Ph.D. Social and Developmental Psychology / Mindset: The New Psychology of Success), desafiava meninos e meninas a fazer um quebra-cabeças, relativamente fácil.

Quando acabavam, alguns eram elogiados pela sua inteligência (“você foi bem esperto, hein!) e outros, pelo seu esforço (“puxa, você se empenhou pra valer hein!”).

Em uma segunda rodada, mais difícil, os alunos podiam escolher entre um novo desafio semelhante ou diferente.

A maioria dos que foram elogiados como “inteligentes” escolheu o desafio semelhante.

A maioria dos que foram elogiados como “esforçados” escolheu o desafio diferente.

Influenciados por apenas UMA frase.

O Malcom Gladwell tem um ótimo livro sobre a superestimação do talento, chamado “Fora de Série” (“outliers”). Lá aprendi sobre a lei das 10 mil horas, tempo necessário para se ficar bom em alguma coisa e que já ensinei pro meu filho.

Se você tem um filho, um sobrinho, ou um amigo pequeno, não diga que ele é inteligente. Diga que ele é esforçado, aventureiro, descobridor, fuçador, persistente.
Celebre o sucesso, mas não esqueça de comemorar também o fracasso seguido de nova tentativa.

UPDATE : Apenas alguns esclarecimentos a alguns dos comentários…

01. Não, eu não estou dizendo para não elogiar as crianças. E não, também não estou dizendo para você nunca dizer para o seu filho que ele é inteligente. É apenas uma questão de evitar o RÓTULO.

02. Evidentemente não sou o autor dessa tese/teoria, muito menos desse estudo citado no post. Escrevi justamente SOBRE essa linha de pensamento. Quem escreveu essa teoria foi Carol S. Dweck / Ph.D. Social and Developmental Psychology / Mindset: The New Psychology of Success(http://news.stanford.edu/news/2007/february7/dweck-020707.html) como foi citado acima.

Créditos:www.updateordie.com

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Morre lentamente.


Morre lentamente,
quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música,
quem não encontra graça em si mesmo.


Morre lentamente,
quem destrói o seu amor-próprio, quem não se deixa ajudar.


Morre lentamente ,

quem se transforma em escravo do hábito,
repetindo todos os dias os mesmos trajetos, quem não muda de marca,
não se arrisca a vestir uma nova cor, ou não conversa com quem não conhece.

Morre lentamente,
quem faz da televisão o seu guru.


Morre lentamente,
quem evita uma paixão,
quem prefere o negro sobre o branco e
os pontos sobre os "is" em detrimento de um redemoinho de emoções, justamente as que resgatam o brilho dos olhos,
sorrisos dos bocejos,
corações aos tropeços e sentimentos.


Morre lentamente,
quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho,
quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho,
quem não se permite pelo menos uma vez na vida fugir dos conselhos sensatos.


Morre lentamente,
quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante.


Morre lentamente,
quem abandona um projeto antes de iniciá-lo,
não pergunta sobre um assunto que desconhece,
ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.


Evitemos a morte em doses suaves,

recordando sempre que estar vivo
exige um esforço muito maior que o simples facto de respirar.



Créditos:Pablo Neruda

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Professora, posso brincar?


O menino de seis anos de idade diz à professora: “Professora, depois que eu terminar isso, posso brincar?” E recebe como resposta uma desculpa do tipo: “Não, meu querido. Aqui no primeiro ano, a gente só brinca no recreio.”

Fico imaginando a tristeza, o desânimo, a falta de vontade de continuar as “atividades escolares” propostas diariamente pelo currículo. Esse diálogo não aconteceu somente uma vez, nem com apenas uma criança. Ele é diário, no país todo. O que anda acontecendo? Por que tanta tristeza?

Há alguns anos uma lei federal instituiu o Ensino Fundamental de nove anos. O que eram oito séries transformou-se em nove. Criou-se mais um ano obrigatório no início da escolaridade. Agora, em vez de entrar na escola com sete anos de idade, entra-se com seis (em alguns estados brasileiros, com cinco anos, por força de artimanhas judiciais). Eram quatro séries iniciais (muito antigamente chamadas de “primário”) que se transformaram em cinco. A ideia foi boa: colocar as crianças na escola um ano antes e dar a elas a chance de aprender os conteúdos em mais tempo. Mas o que aconteceu? Muitas escolas não entenderam. Muitas professoras receberam a novidade goela abaixo sem oportunidade para o diálogo e sem tempo para adaptações. A grande maioria das alfabetizadoras foi “empurrada” para salas de aula com crianças de seis anos, só que elas não têm a formação das professoras especialistas em Educação Infantil. Não foram preparadas para criar atividades adequadas, instigantes, criativas e deliciosamente cativantes para

crianças de cinco ou seis anos. Fazem com muito carinho e dedicação o que aprenderam: alfabetizam. Introduzem as crianças no mundo da leitura e escrita com as técnicas adequadas para crianças de sete anos de idade. Em alguns casos, nem ao menos são técnicas atuais e científicas, são as que aprenderam a usar. Usam métodos que forçam as crianças a repetir ações mecânicas de baixíssimo nível de abstração.

Se em boa parte das escolas brasileiras as aulas das séries iniciais já eram massacrantes, apáticas, desmotivadoras para crianças de sete anos, imagine para as de cinco.

Logo veremos aumentado o número de crianças que não gostam de estudar, que desistem da escola, que aprendem a copiar do quadro negro e a reproduzir pensamentos e ideias alienígenas, não debatidas, num bovino movimento de aceitação passiva. Ingressarão no Ensino Médio e facilitarão o trabalho dos professores que não precisarão aprofundar nenhum conteúdo, apenas registrá-los no quadro negro de forma integral ou resumida caso o texto já tenha sido entregue de forma impressa. Depois dizemos: nosso povo não luta por seus direitos. Nunca aprendeu.

O que fazer para mudar esse quadro? Recomeçar! Precisamos urgentemente de um novo currículo para a educação básica. Parabéns ao MEC que já está fazendo isso em relação ao ENEM. Se este exame diminuir a quantidade de conteúdos cobrados nas provas fará com que as escolas do Ensino Médio (antigo segundo grau e ainda mais antigo “científico”) mudem suas aulas. Em vez de derrubar sobre os alunos particularidades insossas sobre conteúdos inúteis, haverá mais tempo para ensinar, de várias formas possíveis, o conteúdo necessário e realmente importante de cada disciplina. Da mesma forma, o ensino fundamental aproveitaria melhor suas aulas, criaria atividades diferenciadas e adequaria seus conteúdos respeitando-se a faixa etária dos alunos.

E, por favor, não joguem a responsabilidade sobre as costas das professoras alfabetizadoras de, sozinhas, recriarem o currículo e o método de ensino. É preciso um trabalho de equipe. Equipe multidisciplinar. Chamem-nas, mas chamem também os educadores, psicólogos, sociólogos, antropólogos, matemáticos, linguistas, professores de todas as áreas, pesquisadores e todos aqueles que puderem contribuir para uma escola em que seus alunos possam aprender muito e com alegria. Crianças motivadas, felizes, cada vez mais autônomas e realizadas por perceberem diariamente que estão aprendendo e desenvolvendo-se. Crianças que possam dizer: “Aprendi coisas bem legais hoje. Foi muito divertido”.

E antes que os críticos de plantão se manifestem, quero afirmar que não defendo uma escola voltada ao prazer, tampouco superficial, mas uma escola que ajude as crianças a desenvolver autonomia de pensamento, criatividade, inteligência, conhecimento sobre o mundo e uma disposição cada vez mais positiva em relação ao ato de estudar e aprender por conta própria.

Fico feliz só por imaginar uma escola assim.

É por meio da nossa voz, a voz dos educadores comprometidos com uma educação de verdade, que mudanças efetivas (e não apenas legislativas) poderão vir a acontecer. Eu continuo acreditando!

Marcos Meier é psicólogo, professor de matemática,, mestre em educação, escritor, Comentarista em rádio e TV a respeito de educação de filhos, relacionamento e desenvolvimento da inteligência e palestrante.
Contatos pelo site www.marcosmeier.com.br

sexta-feira, 6 de abril de 2012

***O verdadeiro sentido da páscoa***


Há muito tempo atrás,
Veio ao mundo um Homem.
Que trouxe em sua filosofia de vida,
O maior exemplo de fé, amor e verdade.
Na sua simplicidade,
E em seus ensinamentos,
Mas muitos não o entenderam e simplesmente o condenaram!
Houve choro, tristeza, e morte!
Sim a morte daquele que veio trazer
Um exemplo de vida,
A benevolência,
A tolerância,
A paciência,

A fraternidade,
O perdão,
Entre outras coisas o AMOR!
E por três dias,
A tristeza dos poucos que o amavam,
Que o entendiam durou,
Porque no terceiro dia
O milagre aconteceu
E veio então:
O verdadeiro sentido da páscoa!
A ressurreição.
Portanto Páscoa é sinônimo de Ressurreição!
Ressurreição da esperança!
Ressurreição dos sonhos!
Ressurreição da amizade!
Ressurreição do amor universal!
Ressurreição respeito pela natureza!
Ressurreição do respeito de uns para com os outros!
Ressurreição do AMOR UNIVERSAL!!!
Não serão os ovos de chocolate!
Nem a carne de peixe!
Que trará o verdadeiro sentido da páscoa!
Cristo morreu e ressuscitou,
Para nos ensinar a morrer em nossas fraquezas,
Em nossos erros,
Em nossos defeitos,
E ressuscitarmos a benevolência que existe
Dentro de cada um de nós!
Como você vê a páscoa nos dias de hoje???

Desejo uma feliz páscoa da ressurreição do amor a todos!!!!!!

Créditos:Claudia Ferreira de Souza.