O senhor é meu pastor e nada me faltará...


anjos - Recados Para Orkut


"Educar com amor".

"Educar com amor".

Um cantinho especial para uma boa e agradável conversa!!!

segunda-feira, 9 de julho de 2012

A criança que existe em você.

Existe uma criança linda dentro de você. Provavelmente já lhe disseram isso e você, por teimosia, descrença ou absoluta falta de imaginação desprezou a afirmação. Então tente ficar inerte diante da composição Aquarela, de Toquinho; ou leia O Menino Maluquinho de Ziraldo e tente não sentir saudades de sua infância...

A criança nunca deixou de existir. Nem por um momento sequer. É que muitas vezes o adulto que a encerra deixou de sonhar. Parou de acreditar na Terra do Nunca, deixou de pensar que pode voar como seus mais amados super-heróis, não quis mais saber da Emília e do Visconde, esqueceu da bola ou da boneca,...

Agora só quer saber de correr. Parece o coelho da Alice e a todo o momento olha seu relógio. Está encarcerado numa rotina estressante que o faz cativo sem que nem ao menos se dê conta. Não sabe por que corre. Acha que se não fizer isso será atropelado, passado para trás, superado por outros, que nem ao menos conhece...

E o pior de tudo é que esse adulto, como os piratas do Peter Pan, não quer nem mesmo que as crianças sejam crianças por mais tempo. Faz força para acelerar o relógio biológico de nossas crianças para que não sejam mais infantis. Para que brincar? O negócio é namorar. Por que desenhar e pintar? É melhor ir para o Shopping. Subir em árvore ou ir ao parquinho? Que tal ir fazer umas compras...

As crianças não podem mais subir em árvores. Nem, tampouco, devem assistir desenhos animados. Acreditar em coelhinho da páscoa ou em Papai Noel então, é terminantemente proibido. Se seu filho usa roupas que tenham desenhos como o Mickey, a Mônica ou o Pernalonga depois de certa idade... provavelmente ele será alvo de chacotas e ridicularizações por seus pares na escola, no clube, na rua,...

E por que as crianças não querem mais fazer desenhos com o contorno das mãos ou navegar num barco com suas grandes e bonitas velas brancas estendidas como nos diz Toquinho em sua clássica composição? Será que os sonhos da infância não estão sendo massacrados por nossa ausência e indiferença? Quando foi a última vez que você se sentou para brincar com seus filhos?

Ouvi de uma pessoa religiosa que a catequese de nossas crianças é feita desde o seu nascimento e que os principais catequizadores são os próprios pais... Seu filho é fruto de seu envolvimento com a vida dele... Sua saúde física, mental e emocional está em suas mãos. Reserve a criança que há dentro de você para brincar com ele. Isso é o que realmente ficará para sempre...

Créditos:João Luís de Almeida Machado.Doutor em Educação. PUC. SP

terça-feira, 3 de julho de 2012

Rainha de Copas.

Somente quem sentiu a dor de uma injustiça, sabe que diferença o homem pode fazer no mundo.

As cortinas foram abertas. No dia da audição, as crianças estavam todas prontas para interpretar Alice no país das Maravilhas. Todas as meninas queriam ser Alice e os meninos queriam ser o coelho branco, ou o rato, ou o Dodo. Todos queriam ser protagonistas. Não poderia ser diferente, são os protagonistas que conduzem a história; os livros são vendidos porque existe um protagonista; a vida na ficção é feita de mocinhos e mocinhas.
Com certeza, a professora não estranhara o fato de todas as crianças preferirem os papéis de destaque, tão certo, que sempre que uma vinha lhe mostrar suas aptidões no palco, durante a audição, ela já tinha em mãos uma cópia das falas de Alice. Alice era irrepreensível, era de um coração ingênuo, conquistava todos a sua volta. Quem não gostaria de ser Alice?

Júlio, um garoto de oito anos aproximadamente, decidiu participar também da audição. Mais uma vez, a professora já tinha em mãos o papel de um dos protagonistas. Quando ela lhe perguntou se ele queria o papel do coelho, ou do rato, ou mesmo de Dodo, ele lhe respondeu:

– Eu quero ser a Rainha de Copas!

A professora não o questionou, entregou-lhe as falas da personagem, e avaliou a sua interpretação. Passados alguns dias, saíram os resultados para as crianças que se inscreveram na audição. O alvoroço era imenso, afinal, quem ficou com o papel de Alice e dos demais personagens de destaque? Como não havia possibilidade de nenhuma criança ficar fora do espetáculo; aqueles que não obtiveram os papéis principais receberiam as falas de outros personagens da história com atuações menores, mas extremamente fundamentais para a composição dos cenários.
Um a um, a professora foi entregando o personagem. Alice acabou ficando com uma menina autista que estudava na escola. Com certeza, as outras meninas acharam uma tremenda injustiça. A menina mal conseguia se relacionar como poderia ser a tão bela e doce protagonista? Interpretando ela era fantástica...
O pior ainda aconteceria, a professora cedeu o papel da Rainha de Copas a Júlio. O menino ficou emocionado e a professora o elogiou a exaustão, porque de todas as vezes que sugeriu a interpretação da história, nunca teve alguém que interpretasse a Rainha como Júlio. Quando foi anunciado o seu resultado, as demais crianças quase desfaleceram de tanto rirem. Um menino fazendo papel de menina, ele deveria ter se candidatado a Alice – diziam eles.
O estopim aconteceu quando no ensaio, escreveram na capa da Rainha: “viado”, assim mesmo, com erro de grafia. A professora interrompeu o ensaio e chamou as crianças ao centro do palco.

– Eu quero saber quem foi que escreveu essa palavra na capa da Rainha de Copas? –

perguntou a professora.

Nenhuma criança se acusou. Então, a professora continuou, fazendo-lhes outra pergunta:

– Já que ninguém tem coragem de se assumir, não com a mesma coragem que teve para escrever essa palavra no figurino do meu espetáculo, quero saber se alguém pode me dizer o significado dessa palavra? – apontando para a capa.

Mais uma vez nenhuma criança disse nada, sequer esboçaram algum riso.

– Foi o que pensei. Por favor, alguém pegue o dicionário para mim. – uma das crianças se levantou e atendeu ao pedido da professora. Ela abriu o dicionário e o leu para os alunos:

– Bom, vejamos... “Viado” não existe, existe veado. Veado é um tecido de lã com riscas ou veios. Também é a designação comum a mamíferos ruminantes da família dos cervídeos, de coloração geralmente baia ou amarronzada, cornos ramificados ou simples, presentes apenas nos machos de pata com quatro dedos, pernas longas e cauda curta. Mesmo que suaçu. Então, a educadora perguntou:

– Por acaso, é isso que a Rainha de Copas representa? Por acaso, é isso que o amiguinho de vocês significa?

Eu quero contar uma história a vocês. No passado, num tempo muito distante, as mulheres não podiam participar do teatro. Elas eram totalmente impedidas pela sociedade, pelos maridos, e pela família. As mulheres não podiam trabalhar, muito menos, trabalhar com arte, e na possibilidade de se colocar numa cena mais envolvente com outro homem. Não existia atriz, sempre existiu ator. Então, no passado, o ator precisava fazer todos os papéis. Ele deveria ser a mãe, a avó, a criança, o soldado, a princesa, a rainha, a amante, o esposo, o animalzinho, o vendedor e qualquer outro papel que lhe fosse entregue. Ser bom ator significava poder interpretar com maestria quaisquer personagens, não importava se homem, mulher ou animal. Quem já ouviu falar em Romeu e Julieta? – quase a totalidade das crianças levantou as mãos. Eu quero dizer que na época de Shakespeare, as palavras de amor trocadas pelos namorados, foram originalmente faladas por dois homens no palco. Eu quero dizer que no teatro não existe papel errado, pequeno, ou inferior, ou menos importante. O que existe são atores pequenos e de pensamentos inferiores ou menos importantes.
As crianças não mais debocharam do menino. Os ensaios continuaram e o espetáculo foi apresentado, e na divisão do palco, houve uma disputa pela atenção do público entre Alice, a protagonista, e a Rainha. A interpretação de ambos foi maravilhosa. A interpretação de Júlio foi tão intensa, que não teve quem não dissesse se tratar de uma rainha, Rainha de Copas. A menina autista foi extremamente aplaudida, e quando as crianças saudaram o público ao final do espetáculo, Júlio retirou a coroa e a peruca, e o público tomou um susto, pois viram se tratar de um menino.
O público ficou emudecido e no ensejo, a professora chamou ambos ao centro do palco. A menina autista e sem autoestima por não se relacionar com os amigos, e o menino que no palco quis o papel, originalmente, feito para ser interpretado por uma menina. A professora mostrou ao público a importância do teatro na vida das crianças, e das possibilidades que o espetáculo lhes trazia. Por exemplo, vencer os preconceitos encontrados no dia a dia.
Mais do que isso, quando a professora cedeu a palavra a Júlio, ela perguntou o que o fez desejar o papel da rainha? Ele sem a maturidade necessária para entender o teor da sua atitude, nem de suas palavras, contou a todos o que ele sentia:
– Sabe o que é eu nunca gostei muito de ler estórias que só tivesse no centro uma mocinha ou um mocinho, eu sempre gostei do vilão. O vilão é o mais legal, porque ele é sempre o culpado, ele sempre faz tudo errado. Se não tivesse o vilão, não teria o mocinho, ou então, o mocinho só é o mocinho, porque tem o vilão. Eu quis ser a rainha, porque ela manda cortar a cabeça, ela burla as regras, e todos precisam obedecê-la. Ela nunca é a culpada, ela é sempre a rainha. Na escola, as outras crianças riem de mim, me xingam, e dizem que eu sou menina; mas no palco, quando eu sou a rainha, elas são obrigadas a me obedecerem, e elas não mais me xingam, porque senão eu mando cortar a cabeça delas. Na escola, eu sempre sou maltratado, sou sempre o culpado, mas no teatro, eu estou no centro, sou sempre eu mesmo, aquele que importa para haver a mocinha, eu sou a rainha.
De repente, alguém começou a aplaudi-lo, outro bater de palmas se ouviu, e contagiou a todos os presentes naquele espetáculo; rapidamente, um coro de palmas se ouviu e, desta vez, não era a Rainha, mas Júlio era verdadeiramente aplaudido.
Novamente no ensejo, a professora aproveitou o período após as palmas, para trazer

uma reflexão a todos:

– É verdade que muito se fala em educação, em medidas socioeducativas, mas pouco se pensa na questão do ser humano. Todos falam que educação é importante, mas poucos entendem o teor daquilo que dizem. A educação é importante porque antes de tudo ajuda a enxergar o ser humano e ampliar as possibilidades dele com responsabilidade. Educação também é responsabilidade dos pais, aliás, é responsabilidade de todos. Eu trabalho com crianças e sei que nenhuma delas nasceu com disposição ao ódio, com horror as diferenças, e medo daquilo que não lhes é igual. Quando vejo crianças sendo maltratadas na escola como o menino Júlio, eu sei que outras o maltratam, porque aprenderam de alguém, e não foi no meu palco, nem no meu quadro negro, muito menos, a partir do meu giz. Mas elas aprenderam e absorveram a ideia de ódio de alguém. Uma criança de oito anos de idade ou mais, não tem maldade, muito menos sabe escolher se gosta de menino ou menina; o que uma criança de oito anos ou mais gosta mesmo é de ser criança, só isso. Peço encarecidamente, que quando vocês falarem em seu âmbito familiar o quanto não gostam das diferenças, ou aquilo que consideram certo ou errado em relação às pessoas, peço que olhem o ser humano, e saibam que uma criança está a ouvir o que vocês dizem.

E as cortinas do palco se fecharam, e a Rainha de Copas voltou ao seu trono, imaculada.



Créditos: Emannuel Baldavir.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

O tempo não perdoa.

Vovó Hermínia-88anos.

O tempo passa com uma rapidez absurda e deixa todos os tipos de marcas em nós. Uma linha de expressão ao redor dos olhos pode parecer 'o fim' em um primeiro momento, mas sei que nela estão contidas histórias que um livro todo não poderia contar. O tempo muda nosso corpo, nosso rosto, nosso jeito de ver a vida. E no final das contas de que importa um quilinho a mais ou uma ruguinha nova se minha alma está mais em forma do que nunca!"

(Fernanda Gaona)

terça-feira, 26 de junho de 2012

E a violência nas escolas agora é culpa… da escola! Que FANTÁS TICO!!!


Pois é, neste programa de “variedades” tão tradicional na televisão brasileira, há décadas tratando assunto sério como “show”, vemos mais uma inversão nas verdades sobre educação.

E, mais uma vez vamos, subliminarmente, incutindo na percepção do brasileiro que a escola é culpada por tudo.

Agora, até mesmo pela violência que acontece dentro da escola.

“Um aluno entrou em conflito com outro: paro a aula, porque mais importante que a aula, é o processo educacional”, diz a professora entrevistada (3’40”).

Concordo. Mas… depois virão nos cobrar porque não aprenderam o MMC, seno, cosseno, rochas metamórficas, orações subordinadas adverbiais, a história afro-brasileira, a classificação dos animais…

Ora, nesta meritocracia medíocre que os grandes gestores da educação do Brasil estão implantando, não há espaço para o social, para a violência, para a resolução de conflitos.

Professor bom – e merecedor dos “bônus” – é aquele que consegue fazer com que os alunos tirem as tais “notas boas” nas provas. E as provas não provam nada da nossa relação com violência e a paz, como eu já disse algumas vezes por aqui.

Voltando ao programa, segundo o “especialista” e “pesquisador” (já perceberam que tem sempre um especialista e pesquisador pra falar mal da escola, dando legitimidade às especulações?) a violência dentro da escola depende de como a escola encara a violência:

“A violência na escola não está atrelada, necessariamente, à questão social. Está mais relacionada, os estudos mostram, à condição de organização do espaço escolar e da gestão deste espaço do que às condições sociais ou do próprio entorno deste espaço”, diz o pesquisador (5’25”).

Percebo que ele entende como “questão social” somente se o aluno é rico ou pobre, excluindo desta “questão” a cultura, a televisão, as gangs, o preconceito, a corrupção, as bebidas, os pais, o estresse do dia a dia, a violência do trânsito e todas as outras possíveis “questões” que influenciam uma pessoa, independente se esta tem ou não dinheiro.

Então, meus amigos, segundo a reportagem a violência NÃO É fruto…

da violência gratuita que entra nas casas deles via televisão – também vindo da própria emissora, por exemplo, através de novelas, de programas como UFC ou jornais onde a violência é o mote – tudo tão bem trabalhado para ganhar audiência e lucros;
da violência social a que os alunos estão acometidos todos os dias;
da violência ou sentimento de violência que a corrupção e impunidade generalizada nos invade;
da violência que as favelas – onde grande parte mora, ao menos no Rio – é acometida todos os dias, tanto por parte do tráfico quanto do governo (da polícia);
da violência que sofrem DENTRO DE CASA, da família;
por fim, da cultura de violência que nossa sociedade tanto admira, persegue e cultiva.
Não, meus amigos, a violência nas escolas, segundo a emissora e seus especialistas, é culpa da própria escola!

Pois eu, que tenho olhos inversos de ver ao contrário, percebo diferente: as escolas onde a violência não é parte do cotidiano são justamente aquelas que conseguiram, através de um trabalho seja lá qual for, vencer a violência que a SOCIEDADE, como mostro acima, enfia de forma violenta ou graciosa na cabeça das crianças.

Não, não tiro a importância da atuação da escola, mas a violência não É da escola, mas TAMBÉM ESTÁ dentro da escola.

Então, a culpa de NÃO HAVER violência dentro de determinada escola, esta sim, é daquela escola.

Mas a culpa de HAVER violência na escola, é de toda a sociedade e, especialmente, DA TELEVISÃO, que traduz violência em cultura.

Faz uma grande diferença observar este pequeno detalhe, malandramente “esquecido” por todos.


Fonte:http://diariodoprofessor.com

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Livro: História Social da Criança e da Família - Philippe Ariès.



Um livro que trata a trajetória da infância, além da maneira como a criança, foi ganhando seu espaço no contexto social. Vale a pena ser lido, por todos os profissionais da area da educação, inclusive por aqueles que pretendem seguir com seus estudos na area.

"História Social da Criança e da Família"
Philippe Ariès - Segunda Edição.

"Eu te amo" é clichê.



Costumamos dizer, mais por mania que por entendimento do que possa significar, que mais vale um ato que mil palavras. Lembremos: dizer também é um ato. Com palavras e tão somente, Deus fez o mundo. Agir é excelente, lutar por quem ama, etc. Porém, as vezes quem nos ama, ou quem precisa, mesmo quem não merece apenas precisa ouvir uma boa palavra. Dizer "Eu te amo" é muito gasto, sei que parece clichê, todavia é só o que muita gente precisa ouvir para ter o seu dia melhor, para desistir talvez até de um suicídio.

Claro, claro, o objetivo, naturalmente, é fazer o outro feliz. Não diga que ama, não diga que gosta para ganhar uma “moralzinha”. Não, aí você não estará indo por um bom caminho.

Certa vez, neste ano de 2011, no estágio, numa turma de 1º ano ( antigo C.A) um menino com dificuldade no aprendizado e com 2 anos de atraso de repente me disse:

_ Nenhum pai presta!

Ao que me dispus a indagar:

_ Quem te disso isso?

Aluno: _ Minha mãe!


Abaixei-me para ficar de igual para igual com ele e perguntei tentando fazer com que ele entrasse em conflito com este pensamento que a mãe lhe passou. Com isto não era a minha intenção menosprezar algo ocorrido, aliás, para a mãe ter dito aquilo, provavelmente alguma coisa deve de ter acontecido:


Eu:_ Você vai ser pai um dia?- ele consentiu- então você não vai prestar? Eu também quero ser pai e eu não vou prestar?

O menino me respondeu com sorriso de criança e, devido ao grupo social que nasceu me disse:

_ É nós! É mesmo tio!

Eu apenas o corrigi, em tom de brincadeira, dizendo que o certo era dizer 'Somos nós" ao invés "É nós".



Fiquei pensando nisso por dias e dias. Para mim, guardar isso já me bastava. Fiquei na esperança, sabendo que meu estágio uma hora iria acabar e que talvez eu nunca mais tivesse notícias do menino, sim, mas esperança é de que isso cause mudança na maneira dele pensar.

Mas não foi apenas isso, para a minha surpresa, a mãe me procurou emocionada me dizendo que tinha errado em ter falado isso. A mãe me disse que um dia, ela esbravejou mais uma vez que "nenhum homem presta", "que o pai do menino num presta", "que nenhum pai presta", pois além de ter tido um pai que alcoolizado que a espancava na infância, teve de igual modo um marido que assim fazia e que, ao divorciar-se, sumiu deixando-a sem mesmo uma ajuda de custo, nada.

Neste dia em que, mais uma vez repetia essas frases, o menino a interrompeu com autoridade, nervoso e gritou:

_ Mas eu vou ser pai e vou prestar!


Com apenas 8 anos de idade seu pai lhe faltava, desde ainda menor não mais o vira e ainda tinha sempre que ouvir isto? Deve ser pesado para uma criança!

Não é a toa que Paulo Freire bate tanto na tecla do diálogo. Dizer também é um ato!


Fonte:presoporfora.blogspot.com.br

Educação Humanista ou Programação de Robôs?



Com quase 50 milhões de pessoas com analfabetismo, entre eles analfabetos e analfabetos funcionais, mais a grande parte de jovens que sequer iniciaram ou não concluíram o ensino médio, somado ainda ao modelo de educação retrógrado, largado e sucateado a décadas, sem grandes investimentos ou investimentos necessários ao desenvolvimento da criança e do adolescente: sim, a falta de perspectiva e a ociosidade estarão na pauta do cotidiano. Uma educação voltada ao desenvolvimento das capacidades humanas e valores humanos trará o prazer pelo trabalho e, portanto através deste prazer pelo trabalho a tão discutida inserção social no Brasil.

A visão da tendência pedagógica tecnicista, visão que trás a impressão de que o educando é apenas mais uma peça na grande engrenagem econômica e social, de que o cidadão deve dar tudo de si para a pátria e estar satisfeito de a pátria nada corresponder à ele, deveras que é um fator fundamental na causa do empobrecimento do Cidadão como cidadão (Seja este Criança, Adolescente, Jovem ou Adulto), da sua humanidade e empobrecimento também de sua consciência de coletividade.

No entanto, uma educação trabalhada de acordo com os contextos sociais de cada jovem, onde a arte é componente de igual importância, lado a lado e entrelaçada as demais disciplinas, tendo ainda como essencial os valores da liberdade humana e o prazer de cada humano criar, produzir, reproduzir e desenvolver com suas próprias capacidades, sim, surge o prazer pelo trabalho, estabelece-se gradativamente no aluno o entendimento do valor de cada função das atividades de uma sociedade em movimento. A vida social começará a fazer sentido.

Devo enfatizar que quando digo arte como importante e entrelaçada em todas as disciplinas, não digo apenas da música, artes plásticas, da dança e o tudo mais. Quando um estudante, movido por uma explosão de curiosidade procura informações e mais informações e consegue a partir daí, do encontro com as informações a respeito de qualquer disciplina, a dar hipóteses, a brincar com as informações e montarem suas pequenas teses, claro, cada um de acordo com sua idade, mas quero dizer que tudo isso é arte. Nesta loucura do conhecer, após do conhecimento satisfatório da informação que o estudante procurava, ele poderá brincar e manusear estas informações das mais diversas maneiras. Isto é a culminância, é o “colocar em prática” de alguma forma o que conheceu.

Um exemplo pode ser uma criança que aprendeu “Adição e Subtração” e quando na saída do mercado conta o dinheiro e compara com o preço dos produtos que comprou, percebe que falta troco e explica isso ao caixa do mercado. Sim, isso é uma explosão, isso é a produção, trabalho, manuseio, manipulação a partir do que se conheceu e, todo manuseio benéfico do que se conheceu: é a mais pura arte! É provável que um cientista sinta-se assim.

É dever de todo professor instigar seus alunos a serem detetives, a provocar nos alunos uma curiosidade compulsiva, a ponto de questionarem o próprio professor. Quando o professor começar a ser questionado, então ele pode se certificar de que está cumprindo sua missão. A curiosidade pode ter matado o gato, mas fez a humanidade galgar patamares bem altos e a fazer descobertas sublimes: não somos reles animais como um gato!

Desta forma, que não é um modelo fixo, pois com novas descobertas das ciências da educação sempre haverá o que se agregar aos antigos conceitos, ou até mesmo destruir antigos conceitos, crianças e adolescentes terão incutidos tanto o valor de si como seres individuais e suas importâncias, quanto também a consciência de que não somos meras peças da máquina social que funciona para enriquecer os ricos e dar esmolas aos pobres, porém a consciência de que somos organismos vivos e pulsantes que com a prática da liberdade, uma sociedade que se faz com cooperação em detrimento da competição, com solidariedade, respeito e cuidado dos seres para como todos os seres, pois todos são sumamente necessários para a vida desta grande Roma tropical, isto é, o Brasil nas palavras de Darcy Ribeiro, e necessários para a grande casa Terra.

A educação é sim para o trabalho, mas para o prazer e consciência da necessidade e do papel dele para cada ser humano e, portanto, a grande forma de inserção social. No mais, fica a máxima de Paulo Freire:

“Ninguém liberta ninguém, ninguém se liberta sozinho: todos libertam-se em comunhão!”.

Créditos:Lucas Gonzaga

sexta-feira, 18 de maio de 2012

A Importância da Leitura. "A melhor forma de obter conhecimento é cercar-se de bons livros".

As tecnologias do mundo moderno fizeram com que as pessoas deixassem a leitura de livros de lado, o que resultou em jovens cada vez mais desinteressados pelos livros, possuindo vocabulários cada vez mais pobres.

A leitura é algo crucial para a aprendizagem do ser humano, pois é através dela que podemos enriquecer nosso vocabulário, obter conhecimento, dinamizar o raciocínio e a interpretação. Muitas pessoas dizem não ter paciência para ler um livro, no entanto isso acontece por falta de hábito, pois se a leitura fosse um hábito as pessoas saberiam apreciar uma boa obra literária, por exemplo.

Muitas coisas que aprendemos na escola são esquecidas com o tempo, pois não as praticamos. Através da leitura rotineira, tais conhecimentos se fixariam de forma a não serem esquecidos posteriormente. Dúvidas que temos ao escrever poderiam ser sanadas pelo hábito de ler; e talvez nem as teríamos, pois a leitura torna nosso conhecimento mais amplo e diversificado.

Durante a leitura descobrimos um mundo novo, cheio de coisas desconhecidas. O hábito de ler deve ser estimulado na infância, para que o indivíduo aprenda desde pequeno que ler é algo importante e prazeroso, assim ele será um adulto culto, dinâmico e perspicaz. Saber ler e compreender o que os outros dizem nos difere dos animais irracionais, pois comer, beber e dormir até eles sabem; é a leitura, no entanto, que proporciona a capacidade de interpretação. Toda escola, particular ou pública, deve fornecer uma educação de qualidade incentivando a leitura, pois dessa forma a população se torna mais informada e crítica.

Créditos: Eliene Percilia.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Parabéns!!! Aos Desbravadores pela linda contribuição ao nosso planeta terra.

Preconceito se combate na escola.

17 de maio Dia Internacional de Combate à Homofobia. A CNTE defende a criação de leis que reprimam e punam o comportamento homofóbico. Para tanto, a Confederação e outras entidades da sociedade civil esperam ver aprovado o Projeto de Lei da Câmara n° 122, que criminaliza a homofobia. E entende que a escola e os profissionais da educação também têm o papel fundamental de quebrar preconceitos desde cedo, discutindo as diferenças e o respeito à diversidade. O combate ao preconceito tem que começar nas escolas.